O uso de leguminosas forrageiras no sul do Brasil é dificultado pelo lento crescimento dessas espécies no ano de estabelecimento, o que expõe o solo à erosão. Estudou-se a introdução dessas leguminosas concomitantemente ao trigo (Triticum aestivum L.) com o objetivo de aumentar a cobertura de solo durante o seu desenvolvimento inicial, sem reduzir o rendimento de grãos de trigo. Foram realizados dois experimentos em áreas próximas, um em cada ano. O cornichão (Lotus corniculatus L.), o trevo-vermelho (Trifolium pratense L.), cultivar Quiñequelli, o trevo-branco (T. repens L.) e o trevo-vesiculoso (T. vesiculosum Savi) não reduziram o rendimento de trigo em nenhum dos anos. O rendimento de grãos de trigo foi reduzido pelo trevo-vermelho, cultivar Kenland, e pelo trevo subterrâneo (T. subterraneum L.), no primeiro ano. No segundo ano, em que, durante o período de desenvolvimento de trigo, a precipitação pluvial foi inferior à normal, não se observaram diferenças no rendimento de grãos de trigo em decorrência da consorciação com leguminosas. A consorciação com trigo mostrou-se como uma alternativa prática para aumentar a cobertura de solo no estabelecimento de leguminosas forrageiras.
Triticum aestivum; plantas forrageiras; solo; cobertura vegetal; componentes do rendimento
