Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a aceitabilidade de churros sem glúten, feitos com farinha de sorgo com ou sem tanino, assim como a retenção de seus compostos fenólicos e da sua capacidade antioxidante após processamento por cozimento e fritura. Os churros foram desenvolvidos pela substituição da farinha de trigo por farinhas de sorgo das cultivares BRS 305 com tanino (T-churro) ou BR 501 sem tanino (TF-churro). O teor de compostos fenólicos e a atividade antioxidante foram avaliados antes e depois do processamento térmico. Ambos os produtos apresentaram alta aceitabilidade (84,5‒95,5%) para todos os atributos sensoriais avaliados, e nenhuma diferença foi observada quanto à cor, ao aroma e ao sabor. Entretanto, o T-churro teve maior aceitação quanto à textura, à aceitabilidade geral e à intenção de compra. Os churros apresentaram composição centesimal semelhante quanto ao conteúdo de fibra. O teor de fenol foi cerca de três vezes e a atividade antioxidante cerca de 20 vezes maior no T-churro do que no TF-churro. Apesar de ter sido submetido a dois tipos de processamento (cozimento e fritura), o T-churro frito pronto para consumo apresentou mais de 50% de retenção de antocianinas, fenóis e atividade antioxidante, após a fritura. O produto TF-churro apresentou retenção desses compostos acima de 70, 40 e 65%, respectivamente. O teor de tanino do sorgo 'BRS 305' aumenta seu potencial funcional e não afeta negativamente a aceitabilidade dos churros. Sorgos com ou sem taninos têm potencial para a produção de churros sem glúten.
Termos para indexação:
Sorghum bicolor; compostos bioativos; alimentos sem glúten; produtos de sorgo