O controle da mosca-branca Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae) em quiabeiro (Abelmoschus esculentus L.) consiste principalmente no uso de inseticidas, em virtude da falta de informação sobre outros fatores de mortalidade. O objetivo deste trabalho foi compreender a dinâmica populacional, espacial e temporal da mosca-branca em dois cultivos sucessivos de quiabeiro "Santa Cruz". Avaliaram-se a composição química foliar, os níveis foliares de nitrogênio e de potássio, a densidade de tricomas, a altura de dossel, a idade de planta, predadores, parasitóides, pluviosidade total, temperatura média e suas relações com a mosca-branca em quiabeiro. Estimou-se, mensalmente, o número de adultos e de ninfas (inspeção visual) e de ovos (lentes de aumento) de mosca-branca ocorridos nas folhas (uma folha/planta) localizadas nas partes basal, mediana e apical de 30 plantas/plantação. Os fatores que mais contribuíram com a redução da população mosca-branca foram a senescência de plantas e inimigos naturais, principalmente Encarsia sp., Chrysoperla spp. e Coccinellidae. O segundo cultivo de quiabo, a 50 m do primeiro, foi altamente atacado pela mosca-branca, provavelmente pela migração dos insetos do primeiro para o segundo cultivo. Não foi detectado efeito significativo do dossel de plantas sobre ovos e adultos. Foi encontrado maior número de ninfas na parte mediana do que na parte basal das plantas.
Bemisia tabaci; Abelmoschus esculentus; inimigos naturais; fenologia da planta; temperatura