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Venenos e toxinas ofídicas purificadas como ferramenta biotecnológica para o controle de Ralstonia solanacearum

Resumo:

O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana in vitro de venenos e toxinas purificadas de serpentes sobre a bactéria fitopatogênica Ralstonia solanacearum. As avaliações foram realizadas em 17 venenos brutos (13 de Bothrops, 3 de Crotalus e 1 de Lachesis) e sete toxinas (1 de Bothrops e 6 de Crotalus). A atividade antibacteriana foi avaliada em meio MB1 que continha os tratamentos solubilizados (1 μL mL-1). Utilizou-se o total de 100 μL de suspensão bacteriana (8,4 x 109 UFC mL-1). Após incubação a 28°C, avaliou-se o número de colônias bacterianas às 24, 48 e 72 horas após a inoculação. O gel SDS-PAGE a 15% foi usado para analisar o perfil proteico das amostras, tendo-se utilizado 5 μg de proteína no ensaio. Além disso, os valores de concentração inibitória mínima (CIM) e concentração letal (CL50) foram determinados pelo método Probit. Os venenos e as toxinas foram capazes de reduzir mais de 90% do crescimento de R. solanacearum. Esses resultados foram ou equivalentes aos do controle positivo cloranfenicol ou até melhores. Enquanto os valores de CIM variaram de 4,0 a 271,5 μg mL-1, a CL50 variou de 28,5 μg mL-1 a 4,38 mg mL-1. Dez venenos brutos (7 de Bothrops e 3 de Crotalus) e duas toxinas (giroxina e crotamina) são abordagens promissoras para o controle da bactéria fitopatogênica R. solanacearum.

Termos para indexação:
Bothrops; Crotalus; atividade antimicrobiana; murcha bacteriana; crotamina; giroxina

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