O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dietas peletizadas ou extrusadas, com diferentes níveis de carboidrato e lipídio, sobre o tempo de trânsito gastrointestinal e sua modulação em pacu (Piaractus mesopotamicus). Cento e oitenta juvenis de pacu foram alimentados com oito dietas isoproteicas com dois níveis de carboidratos (40 e 50%) e dois níveis de lipídeos (4 e 8%). Quatro dietas foram peletizadas e quatro extrusadas. Os níveis experimentais de carboidrato e lipídeo não alteraram o tempo de passagem do bolo alimentar. Entretanto, o tempo de permanência do bolo alimentar foi dependente do processamento aplicado à dieta. Os peixes alimentados com dietas peletizadas apresentaram o maior tempo de trânsito gastrointestinal (TTGI). A análise de regressão do comportamento do bolo alimentar para dietas peletizadas e extrusadas com 4% de lipídeo mostraram diferentes ajustes. A análise de regressão do TTGI de peixes alimentados com 8% de lipídios ajustou-se a uma equação cúbica e mostrou ajustes na permanência do alimento, com maior aproveitamento das dietas, quer com dietas extrusadas ou peletizadas. O TTGI dos peixes que receberam dietas extrusadas com 4% de lipídeos ajustou-se a uma equação linear. O TTGI de pacu depende do processamento da dieta e é afetado pelos níveis de lipídios e carboidratos na dieta.
Piaractus mesopotamicus; carboidrato; lipídio; gelatinização do amido; viscosidade.
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