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Respostas da fotossíntese à variação das condições ambientais em plantas jovens de cajueiro

O objetivo deste trabalho foi caracterizar as respostas das trocas gasosas de plantas jovens de cajueiro à densidade de fluxo de fótons fotossintético (DFFF), temperatura, déficit de pressão de vapor (DPV) e concentração interna de CO2 (Ci), sob condições controladas. Cursos diários das trocas gasosas e de variáveis de fluorescência da clorofila a foram obtidos sob condições naturais. A taxa de assimilação de CO2 máxima foi de cerca de 13 mmol m-2 s-1, com saturação pela luz em torno de 1.000 mmol m-2 s-1. As temperaturas das folhas entre 25ºC e 35ºC corresponderam à faixa ótima para a fotossíntese. Os estômatos mostraram-se sensíveis ao CO2 e se fecharam com aumentos de Ci. Aumentos do DPV exerceram pequeno efeito sobre a taxa de assimilação de CO2, com uma pequena diminuição acima de 2,5 kPa. Os estômatos, no entanto, foram fortemente afetados pelo DPV, com fechamento gradativo acima de 1,5 kPa. As condutâncias estomáticas, reduzidas em altos DPVs, foram eficientes em restringir as perdas de água pela transpiração e demonstraram adaptação da espécie a ambientes secos. Sob irradiância natural, a taxa de assimilação de CO2 apresentou saturação no início da manhã, variando posteriormente com as variações da DFFF. Decréscimos transientes da razão Fv/Fm foram registrados em torno de 11h, o que indica a ocorrência de fotoinibição. Decréscimos da eficiência de captura da energia de excitação, decréscimos da eficiência efetiva do fotossistema II e aumentos da extinção não-fotoquímica foram consistentes com a ocorrência de fotoproteção sob irradiância excessiva.

Anacardium occidentale; trocas gasosas; fluorescência da clorofila; temperatura; déficit da pressão de vapor


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