O objetivo deste artigo é mostrar, por meio de dois casos, como se traduzem, na clínica projetiva, certas organizações perversas contra a ameaça de descompensação depressiva ou psicótica, problemática recorrente em muitos agressores sexuais. O autor apresenta dois casos que ilustram essas organizações defensivas. Um caso de um jovem adulto estuprador cuja estrutura de personalidade psicótica é compensada por um modo de relação do objeto e de atos perversos que se dirige para a perversidade, evitando o recurso ao delírio frente a um perigo de inexistência. Um outro caso de adulto pedófilo se defende por estas mesmas vias contra angústias depressivas de tipo narcísico. As provas projetivas são interpretadas com referência à teoria psicanalítica.
Abuso sexual; Técnicas projetivas; Teste de Rorschach; Teste de Apercepção Temática; Interpretação psicanalítica