Resumo
A deficiência tende a impactar o funcionamento familiar de diferentes formas. Este estudo teve como objetivo investigar os clusters de funcionamento familiar de pessoas com deficiências, comparando-os quanto às características sociodemográficas, ao suporte social, à autonomia e ao preconceito. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, Escala de Avaliação da Coesão e Flexibilidade Familiar, Escala de Preconceito e Escala de Satisfação com o Suporte Social em 205 pessoas. Três clusters foram identificados: Baixo, Médio e Alto Funcionamento Familiar. O grupo de baixo Funcionamento Familiar apresentou os níveis mais baixos de Suporte Social e mais altos de preconceito; já o grupo de alto Funcionamento Familiar se caracterizou pela maior escolaridade, maior Suporte Social e menor preconceito. Conclui-se evidenciando a relevância de se compreender a deficiência e seu impacto no Funcionamento Familiar a partir de uma visão mais ampla, que a relaciona a variáveis psicossociais (preconceito, Suporte Social e escolaridade), para além da questão da lesão em si.
Palavras-chave:
pessoas com deficiência; família; preconceito