O objetivo deste estudo foi analisar em que medida os conflitos interparentais e o divórcio se apresentam como preditores do desenvolvimento de psicopatologia em jovens de famílias intactas e divorciadas. Participaram 827 jovens portugueses de 13 a 25 anos de idade. Foram utilizados um questionário sociodemográfico, o Children’s Perception of Interparental Conflict Scale e o Brief Symptom Inventory. Foram encontradas diferenças significativas da psicopatologia face ao gênero, idade e configuração familiar. Constatou-se que o desenvolvimento de psicopatologia é predito positivamente pela intensidade e falta de resolução dos conflitos interparentais. Concluiu-se que os filhos cujos pais se encontram separados ou divorciados têm maior percepção relativamente à frequência e intensidade de conflitos interparentais, porém apresentam maior nível de resolução dos conflitos interparentais e maiores níveis de psicopatologia. Contudo, a configuração familiar não exerce um efeito moderador na interação entre os conflitos interparentais e o desenvolvimento de psicopatologia.
comportamento de apego; conflito conjugal; psicopatologia