A literatura tem demonstrado uma forte relação entre disfunções executivas e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), apesar de ainda não haver consenso sobre quais subprocessos do funcionamento executivo encontram-se prejudicados e/ou preservados nessa condição. Esse estudo teve por objetivo avaliar as funções executivas e a memória de trabalho em crianças/adolescentes com TEA (n= 11), comparadas a crianças/adolescentes com desenvolvimento típico (n= 19), equiparadas por idade, anos completos de estudo formal e QI não-verbal. Os testes usados foram: Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, Teste Stroop, Teste de Trilhas, Figuras Complexas de Rey, Span de Dígitos, Span de Pseudopalavras, Memória de trabalho visuoespacial, Fluência verbal (ortográfica e semântica) e Go/no go. Os resultados demonstram prejuízos de funções executivas no grupo clínico, em especial na capacidade de planejamento, flexibilidade cognitiva, inibição, além do componente visuoespacial da memória de trabalho.
autismo; avaliação neuropsicológica; cognição; neuropsicologia