Resumo
Os níveis de bem-estar afetivo e autoeficácia ocupacional podem atuar como fatores protetivos ao desenvolvimento de burnout. Em razão disso, este estudo investigou o papel dos afetos positivos e negativos como um mediador das relações entre a autoeficácia ocupacional e as dimensões de burnout. Participaram desta pesquisa 584 profissionais (87% mulheres), idade media 37,8 (DP= 10,8). Os resultados da análise de equações estruturais demonstraram que as relações da autoeficácia ocupacional com a exaustão emocional e despersonalização foram completamente mediadas pelos afetos negativos e positivos. As relações entre a autoeficácia ocupacional e a realização profissional foi parcialmente mediada pelos afetos positivos. A autoeficácia ocupacional esteve positivamente associada aos afetos positivos e negativamente aos afetos negativos. Este estudo acrescenta ao apresentar a importância de desenvolver intervenções que promovam a vivência de afetos positivos e redução dos afetos negativos no ambiente ocupacional como uma estratégia preventiva ao burnout.
Palavras-chave
autoeficácia; stress; bem-estar; saúde ocupacional