O objetivo deste estudo é discutir o problema da formação de professores no contexto do novo capitalismo e da cultura da sociedade da capacitação. Tal sociedade aparece nas mutações do capitalismo e traz consigo a noção de aptidão potencial portátil, estimulando que os trabalhadores se adaptem à aceleração e ao curto prazo da informação. A investigação distingue duas políticas de cognição na formação de professores: (in)formação e (trans)formação, que coexistem. A primeira é apoiada na informação e vincula conhecer à transmissão e processamento de representações simbólicas. A segunda é pautada na experiência e aponta a relação indissociável entre conhecimento e invenção. O estudo aponta que os processos de formação que a reduzem à capacitação e à informação, visando ao desenvolvimento de habilidades e competências, consideram a formação como aquisição de conhecimentos prontos para ser consumidos. Em outra direção, formação é um processo inventivo, que se orienta na problematização e na experiência de construção do conhecimento.
formação de professores; cognição; formulação de políticas