A inteligência social constitui uma condição favorável à tomada de decisão e ao desenvolvimento vocacional. Este trabalho visa caracterizar os níveis de inteligência social, e analisar as diferenças intra e interindividuais, em alunos portugueses em anos de pré-transição vocacional. Participaram 1095 alunos (552, 50% mulheres), com uma média de idades de 14,78 anos (DP = 1,86), do 8º, 10º, e 11º níveis escolares. Administrou-se a Prova Cognitiva de Inteligência Social (PCIS), em dois momentos (T1 e T2), com seis meses de intervalo. Os resultados indicam que o 8º ano obteve resultados médios superiores, nos índices de Resolução de Problemas, Motivação e Autoconfiança (T1), enquanto o 10º ano obteve resultados superiores, em Resolução de Problemas, Motivação e Familiaridade (T2). Entre momentos de avaliação, registra-se, para todos os níveis escolares, um aumento em Resolução de Problemas e Autoconfiança em situações sociais. Estes resultados constituem condições psicológicas favoráveis à promoção do questionamento ético nas intervenções de orientação vocacional.
inteligência; ética; orientação vocacional