Após desenvolvermos por quatro anos uma pesquisa-ação voltada ao atendimento familiar em grupo, com casos de abuso sexual de crianças e adolescentes, procuramos conhecer sentimentos e dificuldades na sua implementação com relação aos professores que coordenam, supervisionam, atendem e são responsáveis pelo projeto como um todo. Os sujeitos foram seis professores universitários, responsáveis e atuantes no projeto: cinco deles do sexo feminino e um do masculino, faixa etária entre 30 e 57 anos, tempo de graduação entre 10 e 33 anos. O instrumento foi enviado e respondido por e-mail. Os resultados mostraram que questões emocionais, de gênero e de experiência pessoal estão presentes na supervisão sobre este tema. As supervisoras, embora vistas como frágeis por serem mulheres, expressam uma contribuição significativa para a vida pública e política, por intermédio da criação de oportunidades para que mulheres e crianças tenham vez e voz, além de evidenciarem questões de hierarquia e poder.
Psicológos; Abuso sexual; Ensino da Psicologia; Ensino superior