RESUMO
O intemperismo de alguns minerais silicáticos em rochas moídas pode ocorrer em alguns dias de cultivo e gerar diferentes propriedades físico-químicas, com benefícios potenciais a solos tropicais. Objetivou-se investigar a infuência da rizosfera do milho (Zea mays L.) nos produtos do intemperismo e na capacidade de troca de cátions da biotita-Mg da biotita xisto e biotita-Fe da biotita sienito. Um experimento em vasos foi conduzido de forma que plantas e rochas moídas foram avaliadas por sete ciclos de cultivo sucessivos. Os nutrientes ferro e potássio foram adquiridos da biotita xisto e da biotita sienito durante o cultivo. O intemperismo das biotitas promovido pela rizosfera causou mudanças mineralógicas. A mudança mais expressiva nos padrões da difração de raios-X ocorreu na fração com partículas < 53 µm, mas as frações 53-300 µm também mudaram. A alteração na biotita-Mg, que possui menor relação Fe/Mg nos sítios octaedrais que a biotita-Fe, foi responsável pelo maior aumento na capacidade de troca de cátions nas frações < 300 µm. Entretanto, o processo de intemperismo da biotita-Fe, a qual apresenta alta relação Fe/Mg nos sítios octaedrais, não aumentou a capacidade de troca de cátions.
PALAVRAS-CHAVE
Zea mays L.; biointemperismo; agrominerais silicáticos; liberação de potássio; rochas moídas