Objetivou-se, neste trabalho, analisar a escolha profissional em sua relação com o direcionamento da carreira de universitários. Foram utilizadas a base teórica de Vygotsky e uma metodologia qualitativa com entrevistas semiestruturadas submetidas à análise do discurso. Foram entrevistados quatorze formandos e se apresentam para a finalidade deste artigo quatro entrevistas, que ilustram o conjunto dos formandos. No processo de análise, observou-se a emergência das seguintes categorias: escolhendo sem saber, o diploma considerado mais importante do que o trabalho e o medo do mercado. As carreiras para os universitários se traduzem em ambiguidades, satisfação e insatisfações com o curso escolhido. Na medida em que iniciam sua vida profissional, a busca desse grupo de jovens é por um emprego bem remunerado e estável, não importando a atividade a ser desenvolvida. Os jovens revelam sentimentos frequentes de insegurança, indecisões e mesmo indiferença frente às suas trajetórias profissionais futuras e escolhem profissões e carreiras tendo como pano de fundo um contexto extremamente competitivo e excludente do mercado de trabalho; assim, considera-se a orientação na universidade um aspecto fundamental para auxiliar no processo de transição para o mercado de trabalho.
Estudantes universitários; Escolha profissional; Aspirações profissionais; Mercado de trabalho