O presente ensaio analisa as contribuições e os problemas da visão sobre os grupos de Carl Rogers, as concepções de grupo de encontro e de encontro de comunidade e os âmbitos de sua prática, localizandoos em relação à história de constituição da abordagem centrada na pessoa, bem como os conceitos de poder e política construídos por Rogers a partir da psicoterapia centrada no cliente. Da explicitação da trama de ideias e práticas grupais deriva, assim, uma interpretação da presença da utopia e da ideologia no pensamento rogeriano. Essa leitura tem como referência as facetas construtivas e negativas da utopia e da ideologia em suas relações de oposição e complementaridade, tal como tematizadas por Paul Ricoeur.
Terapia centrada no cliente; Rogers; Carl Ramson 1902-1987; Grupos; Utopias