Resumo:
Este artigo pretende contribuir para uma atuação contextualizada de profissionais da psicologia. O texto historiciza a criação da profissão e do órgão regulamentador da classe; em seguida, analisa a legislação profissional em 50 anos; e por fim, apresenta a compreensão de integrantes sobre as principais dificuldades e desafios para o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) nessa trajetória ao longo de cinco décadas. As autoras trabalharam com pesquisa, leitura e sistematização de dados e resoluções do CFP. A partir disso, foi possível identificar falhas tanto na formação como nos limites de amparo legal que afetam profissionais de psicologia. Conclui-se que, embora as resoluções validem a atuação profissional em um cenário pluriverso, também se entende que há lacunas a serem preenchidas na orientação para uma atuação ética e técnica em diferentes contextos populacionais, incluindo as de pessoas com deficiência. Nesse sentido, defende-se a adoção de medidas pelo CFP e se verifica a necessidade de maior produção acadêmica que leve à construção de instrumentos psicológicos a serem utilizados com diferentes populações, inclusive as de pessoas com deficiência. Finalmente, aponta-se para a necessidade de constante atualização dos Conselhos Regionais e Federal de Psicologia, imposta pelo rápido crescimento da categoria.
Palavras-chave:
Política de Orientação Profissional; Atuação Profissional de Psicólogas; Práticas Profissionais Psicológicas; 50 Anos de Regulamentação Profissional Psicológica; Atuação Junto a Pessoas com Deficiência