O alto índice de pacientes asilares nas instituições psiquiátricas representa um dos maiores desafios ao processo da reforma psiquiátrica em curso no Brasil. O intuito desta pesquisa foi o de acompanhar e descrever o processo de desospitalização de pacientes crônicos e asilares que vem ocorrendo em uma dessas instituições. Verificou-se que, nos raros casos em que o paciente asilar é desospitalizado, ele não é desinstitucionalizado e sua situação de tutela é mantida. O processo exige uma política de inclusão que implique não apenas mudanças na estrutura de serviços mas também uma nova clínica apoiada na ética do sujeito.
Reforma psiquiátrica; Paciente asilar; Desospitalização; Desinstitucionalização