Este artigo apresenta uma experiência de extensão universitária que objetivou promover um espaço socioeducativo com adolescentes do sexo feminino no universo dos direitos sexuais e sociais. O projeto foi desenvolvido por duas estudantes de Psicologia e dois de Serviço Social, sob orientação docente, com dez garotas de idade entre 12 e 14 anos, majoritariamente afro-descendentes, moradoras da periferia da cidade do Recife, Pernambuco. O artigo enfoca o uso do termo menina de moral pelas adolescentes que, dentre outros significados e implicações, envolve uso de força física, ameaças verbais e drogas lícitas e ilícitas como elementos que conferem ou mantêm status e respeito entre pares. As ações da menina de moral sinalizam uma série de estratégias elaboradas pelas adolescentes ante as singularidades do contexto social em que estão inseridas e revelam que os condicionantes de geração são entremeados por fatores como gênero, classe social, raça e etnia.
Garotas; Classes populares; Violência; Drogas