P1 (Ex-namorada, amiga)
|
Profissional da área da saúde, 24 anos, de orientação sexual homoafetiva. Sofria homofobia e pressão por parte da família para se relacionar afetiva e sexualmente com homens. Apresentava tristeza e tentava se fortalecer sozinha. Tentativas de suicídio anteriores. Sem acompanhamento médico e psicológico. Enforcou-se na casa de praia, enquanto a família dormia, após fazer uma postagem alegre numa rede social. |
P2 (Amiga)
|
Estudante universitário, 21 anos, interessado, dedicado no curso que fazia e muito pertinente nas observações que fazia em aulas. No semestre anterior ao suicídio, o rendimento acadêmico decaiu, com muitas faltas, abandono e reprovação em disciplinas. Pouco antes do Natal e de seu aniversário, suicidou-se, por enforcamento, no quarto, na casa que residia com a avó. |
P3 (Amiga)
|
Estudante secundarista, 15 anos, frequentava uma escola de alto nível de cobrança de desempenho acadêmico. Estava em acompanhamento psicológico na própria escola. Residia com a mãe e não se relacionava bem com o pai, que morava em outro estado. Foi ameaçado pela mãe que, caso não fosse aprovado ao final do ano letivo, teria de morar com o pai. Saltou de ponte sobre o mar que liga duas cidades. |
P4 (Amigo)
|
Estudante universitário, 23 anos, negro, inteligente e reservado. Morava de favor com familiares. Sofria rejeição e preconceito por parte do pai, branco, que residia em outro estado. Ficou dias desaparecido. Amigos e familiares mobilizaram redes sociais, afixaram cartazes pela grande Vitória e fizeram buscas por ele. Estava em acompanhamento psiquiátrico, as medicações o deixavam “aéreo e lento”. Foi encontrado nas buscas, enforcado em uma árvore num local ermo. |
P5 (Avó)
|
Estudante secundarista, 16 anos, ativo e praticante de esportes. Apresentou mudanças físicas e de comportamento tornando-se magro e apático, passou a ficar muitas horas utilizando computador. Ao final do ano letivo, foi à escola buscar o resultado das notas e ao voltar, esperou a mãe sair de casa. Nestes momentos, o avô estava no andar de cima da casa, longe do neto. A avó chegou do trabalho e saiu novamente; a mãe voltou e não encontrou o filho, ligando para os outros familiares que estranharam, pois o rapaz não tinha o costume de sair sem avisar. A família fez buscas na vizinhança e o jovem foi encontrado pelo pai enforcado, no terraço, com o fio da TV a cabo. |
P6 (Mãe)
|
Estudante universitária, 22 anos, gerente de uma rede de farmácias de prestígio. Era vaidosa, sonhadora e dedicada. Fazia acompanhamento psiquiátrico e se automedicava com frequência. Estava há três meses afastada do trabalho por depressão. Apaixonou-se por um professor, o relacionamento terminou. Saiu de casa no dia 10 de Setembro, dia mundial de prevenção ao suicídio e voltou chorando. Enforcou-se no boxe do banheiro do próprio quarto com um lençol. |
P7 (Irmão)
|
Estudante universitário, 24 anos, pessoa sensível e inteligente, homossexual, com dificuldades relacionais. Desempenhava vários trabalhos artísticos. Na noite anterior ao dia de finados, foi à uma roda de samba, tocou com o pai e o irmão do meio. Voltou para casa, chamou o irmão caçula (P7) para conversar e perguntou se ele o amava. Escutou a confirmação do amor do irmão, mesmo que brigassem, às vezes. No dia de finados, na hora da refeição, outros familiares chamaram o jovem para o almoço e, com sua demora, P7 foi chamá-lo e o encontrou enforcado na janela do quarto. |