RESUMO:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de plantas daninhas em arroz irrigado por inundação, em função do sistema de plantio e do manejo de herbicidas na safra anterior. O experimento foi instalado em campo, em delineamento experimental de blocos casualizados dispostos em esquema fatorial 3 x 2, com oito repetições. O fator A foi o sistema de cultivo, sendo sistema convencional, cultivo mínimo ou plantio direto, associados à aplicação (manejo tradicional) ou não (sistema semiecológico) de herbicidas (Fator B). Um ano após o cultivo do arroz, precedendo o novo plantio, foram efetuadas as avaliações fitossociológicas das comunidades infestantes. Foram avaliadas a infestação geral e a composição de espécies infestantes nos tratamentos, que foram classificadas pela sua densidade, frequência e dominância relativas de ocorrência. Foram ainda estimados os coeficientes de diversidade de Simpson e Shannon Weiner, bem como a sustentabilidade de Shannon; os tratamentos foram agrupados pela similaridade de ocorrência das espécies infestantes. Os sistemas de cultivo de arroz (tradicional ou semiecológico) promovem diferenças marcantes na ocorrência de plantas daninhas. O controle com base em herbicidas seleciona plantas companheiras específicas, mas a rotação de culturas ou coberturas de inverno não parece ser condição sine qua non para o sucesso desses sistemas, desde que o programa de manejo herbicida seja adequado. Para o sistema semiecológico, a rotação de culturas e espessa camada vegetal de cobertura de inverno, bem como sua associação com o pastejo animal, parecem essenciais para o manejo de plantas daninhas no curto, médio e longo prazos.
Palavras-chave:
controle químico; arroz semiecológico; fitossociologia; sul do Brasil