A grande maioria do algodoeiro cultivado comercialmente no mundo possui fibra branca, porém atualmente existe crescente interesse em diversos países, inclusive no Brasil, pelo algodão de fibra colorida. O uso de fibras naturalmente coloridas reduz a poluição química, por dispensar o uso de corantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o rendimento de fibras de cultivares de algodoeiro em resposta ao controle de plantas daninhas por meio da consorciação com a gliricídia (Gliricidia sepium). Os cultivares BRS-Verde (fibras esverdeadas), BRS-Rubi (fibras marrons avermelhadas), BRS-Safira (fibras amarronzadas) e BRS-187 8H (fibras brancas) foram submetidos aos seguintes tratamentos: sem capinas, duas capinas (aos 20 e 40 dias após o transplantio) e consorciação do algodoeiro com a gliricídia. Na consorciação, a gliricídia foi plantada entre as fileiras do algodoeiro, usando-se uma plântula por cova, em covas espaçadas por 0,50 m. Doze espécies de plantas daninhas ocorreram no experimento, a maioria delas pertencente à família Poaceae. As plantas daninhas ocorreram com diferentes frequências, distribuídas desuniformemente na área experimental. Os cultivares não influenciaram a matéria seca das plantas daninhas. A consorciação com a gliricídia reduziu a matéria seca das plantas daninhas, mas não evitou reduções nos rendimentos de algodão em fibra e em caroço, que foram maiores nas parcelas que receberam capinas. O cultivar BRS-Safira apresentou o maior rendimento de fibras, porém não houve diferenças entre cultivares quanto ao rendimento de algodão em caroço.
algodão de fibra naturalmente colorida; Gliricidia sepium; cultivares