RESUMO
O capim-amargoso é uma das espécies mais problemáticas da agricultura brasileira. É uma espécie agressiva na alocação de recursos do meio, além de apresentar resistência ao glyphosate relatada em diversos Estados do País. Este trabalho teve o objetivo de verificar efeitos ambientais sobre a germinação ou emergência de sementes e plântulas do capim-amargoso. Foram conduzidos experimentos em laboratório e campo para determinar os efeitos de temperatura, fotoperíodo, disponibilidade hídrica e profundidade de semeadura. Todos os experimentos foram instalados em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. A germinação máxima foi superior a 80% para sementes originadas de plantas resistentes ao herbicida glyphosate entre 15 e 30 oC. Para o suscetível ao herbicida, a melhor germinação ocorreu a 30 oC. A germinação para ambos os biótipos ocorreu independentemente da presença da luz. O melhor fotoperíodo para germinação de ambos os biótipos se localizou entre 8 e 14 horas. Sementes originadas de plantas resistentes mostraram maiores níveis de germinação para baixas temperaturas na presença de luz e para menor disponibilidade hídrica. Não houve germinação a partir de -0,8 MPa em ambos os biótipos. As sementes originadas de plantas resistentes germinam mais e em maiores faixas de temperatura, déficit hídrico e profundidade de semeadura do que as originadas de plantas suscetíveis.
Palavras-chave:
Digitaria insularis; disponibilidade hídrica; fotoperíodo; sementes; temperatura