RESUMO:
A resistência de plantas daninhas ao glyphosate nos sistemas de produção agrícola tem gerado a necessidade de aplicação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Entretanto, a persistência desses herbicidas no solo pode prejudicar a cultura subsequente. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da atividade residual do herbicida sulfentrazone aplicado em pré-emergência da cultura da soja sobre o algodoeiro cultivado em sucessão. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com cinco repetições, sendo utilizadas sete dosagens (0; 37,5; 75; 150; 300; 600; e 1.200 g ha-1) do sulfentrazone. O algodoeiro foi semeado aos 112 dias após a aplicação (DAA) do herbicida com precipitação pluvial acumulada de 637 mm durante o ciclo da soja. Avaliaram-se variáveis relacionadas às características fotossintéticas, fitointoxicação, estabelecimento, desenvolvimento, componentes de produção e produtividade em ambas as culturas. A atividade residual do sulfentrazone não interferiu significativamente em nenhuma variável avaliada na cultura da soja, porém causou prejuízos significativos ao algodoeiro, na qual a dosagem recomendada (600 g ha-1) do herbicida reduziu a produtividade de algodão em caroço em 30%.
Palavras-chave:
Glycine max; Gossypium hirsutum; carryover; herbicida; persistência