Quando em competição com a cultura do algodoeiro, Amaranthus retroflexus é capaz de promover grande perda de produtividade. Devido à limitada disponibilidade de herbicidas seletivos para controle em pós-emergência dessa espécie daninha, algumas moléculas têm sido usadas por safras seguidas, o que pode ter levado à seleção de biótipos resistentes. Biótipos de A. retroflexus coletados das principais regiões produtoras de algodão do Brasil foram submetidos a ensaios de dose-resposta, por meio da aplicação de doses dos herbicidas trifloxysulfuron-sodium e pyrithiobacsodium equivalentes a 0, ¼, ½, 1, 2 e 4 vezes a dose recomendada. Foi confirmada a ocorrência de biótipos de A. retroflexus resistentes aos herbicidas inibidores da enzima ALS. O biótipo MS 2, oriundo do Mato Grosso do Sul, apresentou resistência cruzada ao trifloxysulfuron-sodium e ao pyrithiobac-sodium, ao passo que o biótipo MS 1 mostrou resistência apenas ao trifloxysulfuronsodium. Da mesma maneira, foram confirmados casos de resistência nos biótipos coletados no Estado de Goiás (GO 3, GO 4 e GO 6) aos herbicidas trifloxysulfuron-sodium e ao pyrithiobac-sodium, demonstrando resistência singular e cruzada. Um biótipo oriundo do Mato Grosso (MT 13) não apresentou resistência aos herbicidas inibidores da ALS testados.
trifloxysulfuron-sodium; pyrithiobac-sodium; resistência cruzada; inibidores da ALS