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Critérios para Tomada de Decisão e Nível de Dano Econômico de Nabo na Cultura do Trigo

RESUMO:

A competição com plantas daninhas limita a produtividade do trigo, reduzindo a disponibilidade de recursos essenciais para o crescimento e desenvolvimento da cultura. Dessa forma, objetivou-se estimar o nível de dano econômico de nabo (Raphanus raphanistrum) em competição com cultivares de trigo. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial, em que o fator cultivar de trigo apresentou três níveis: ciclo precoce (BRS 328), médio (BRS 177) e tardio (BRS Umbu); e o fator população da planta competidora variou de 0 a 564 plantas de nabo m-2 (10 populações), para o cultivar BRS 328; 0 a 472 plantas de nabo m-2, para o cultivar BRS 177 (11 populações); e 0 a 724 plantas de nabo m-2, para o cultivar BRS Umbu (10 populações). O cultivar BRS 328, de ciclo precoce, apresenta maior habilidade competitiva comparativamente ao cultivar BRS 177, de ciclo médio, e BRS Umbu, de ciclo tardio. As perdas de produtividade de grãos de trigo, devido à interferência de nabo, podem ser estimadas de modo satisfatório pelo modelo da hipérbole retangular, utilizando-se as variáveis população de plantas, massa de matéria seca da parte aérea, cobertura do solo e área foliar da planta daninha. Os valores de NDE variam em função do ciclo do cultivar, sendo maior para o cultivar BRS 328 (precoce) > BRS 177 (médio) > BRS Umbu (tardio). O nabo mostra-se competitivo na cultura de trigo, sendo necessário no mínimo 1,6 planta m-2 para que o controle se justifique.

Palavras-chave:
Triticum aestivum L.; Raphanus raphanistrum; cultivares; populações

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