RESUMO:
O estresse causado por temperaturas extremas configura-se como um dos principais elementos que limitam a distribuição geográfica e o crescimento sazonal de diversas plantas, provocando severo atraso no seu desenvolvimento, reduzindo a taxa fotossintética e sinalizando a síntese de compostos de defesa. Diante das mudanças ambientais em curso e dos danos que essas mudanças podem causar na fisiologia e no crescimento das plantas, o objetivo deste trabalho foi compreender as interações entre temperatura, fisiologia e crescimento, bem como caracterizar o impacto que a alteração da temperatura exerce sobre o desenvolvimento inicial de Vernonia ferruginea Less. Para determinação de parâmetros fisiológicos e de crescimento, plântulas dessa espécie foram acondicionadas em câmaras de germinação com as temperaturas constantes dos tratamentos previamente ajustadas (10, 20, 25, 30 e 35 oC) por 60 dias. A faixa ótima de temperatura para crescimento inicial de V. ferruginea está entre 25 e 30 oC. O estresse causado pelas temperaturas subótimas e supraótimas afetou a homeostase celular e provocou atraso no crescimento e desenvolvimento das plântulas. Em situações estressantes, observou-se a inibição do crescimento e a ativação de mecanismos de resposta para a adaptação e manutenção da homeostase celular mediante o acúmulo do osmoprotetor prolina, e carboidratos solúveis. Adicionalmente, as plantas apresentaram desenvolvimento normal dentro de uma ampla faixa de temperatura, apesar do atraso no desenvolvimento, da alteração nas trocas gasosas e na síntese de substâncias relacionadas ao sistema de defesa.
Palavras-chave: alocação de biomassa; área foliar; trocas gasosas