RESUMO
Objetivou-se neste trabalho estudar a seletividade dos herbicidas bentazon e nicosulfuron, isolados e em mistura, para Crotalaria juncea, quando estabelecida em consórcio com o milho, bem como o controle de plantas daninhas e o desenvolvimento do milho nesse sistema de produção. Dois experimentos foram desenvolvidos em campo, no período de safrinha e no período de safra. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com 14 tratamentos e quatro repetições. Oito tratamentos com herbicidas, bentazon (720 e 960 g i.a. ha-1), nicosulfuron (16 e 48 g i.a. ha-1) e bentazon mais nicosulfuron (720 + 16; 720 + 48; 960 + 16; 960 + 48 g i.a. ha-1), foram estudados, além de seis testemunhas (milho e crotalária solteiros, com e sem o controle de plantas daninhas; milho e crotalária em consórcio, com e sem o controle de plantas daninhas). O bentazon isolado, nas duas dosagens avaliadas, foi seletivo para C. juncea. Nicosulfuron na dosagem de 48 g i.a. ha-1, isolado ou em mistura com bentazon, promoveu o melhor controle das plantas daninhas. O milho interfere na capacidade de recuperação das plantas de crotalária tratadas com herbicidas. C. juncea em consórcio sem herbicidas ou pulverizada com bentazon interferiu negativamente na produtividade do milho na safra. As aplicações de bentazon (720 e 960 g i.a. ha-1), na safrinha, e de bentazon mais nicosulfuron (720 + 16 e 920 + 16 g i.a. ha-1), na safra, proporcionaram os melhores resultados, considerando a produtividade do milho, o desenvolvimento e recuperação da crotalária e o manejo de plantas daninhas.
Palavras-chave:
adubo verde; crotalária; fitointoxicação; interferência; semeadura simultânea