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Controle de plantas daninhas no milho por meio da consorciação com gliricidia semeada a lanço

Existe interesse na redução do uso de herbicidas, visando-se a diminuição de problemas de degradação ambiental. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da densidade da gliricídia, semeada a lanço e em consorciação, sobre os rendimentos de espigas verdes e de grãos do milho e sobre o controle de plantas daninhas. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e cinco repetições. As cultivares AG 1051, BM 2022 e BM 3061, plantadas nas parcelas, foram submetidas aos seguintes tratamentos: sem capinas, duas capinas (aos 20 e 40 dias após a semeadura) e consorciação com a gliricídia, semeada nas densidades de 10 e 20 sementes m² . Trinta espécies de plantas daninhas ocorreram na área experimental, sendo Cucumis anguria a mais frequente. A cultivar BM 2022 foi a melhor quanto ao número total de espigas (NTE) e número (NEDC) e peso de espigas despalhadas comercializáveis. Essa cultivar apresentou, juntamente com a cultivar AG 1051, os maiores pesos total e de espigas empalhadas comercializáveis (PEEC). Todavia, as cultivares não diferiram quanto ao rendimento de grãos (RG). Os maiores rendimentos de milho verde e de grãos e de controle das plantas daninhas foram obtidos com duas capinas; a consorciação propiciou em PEEC, NEDC e RG médias intermediárias às obtidas nas parcelas capinadas e nãocapinadas, indicando que a gliricídia foi parcialmente benéfica ao milho. O aumento da densidade de semeadura da gliricidia aumentou os benefícios para o milho (NTE e PEEC). A ausência de capinas propiciou os piores rendimentos de espigas verdes e de grãos.

Zea mays; Gliricidia sepium; rendimento de espigas verdes; rendimento de grãos


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