Sulfentrazone: Dinâmica Ambiental e Seletividade

GEHRKE, V.R.; CAMARGO, E.R.; AVILA, L.A.

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Literature Review • Planta daninha 38 • 2020 • https://doi.org/10.1590/S0100-83582020380100032 copiar

Sulfentrazone: Dinâmica Ambiental e Seletividade

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO:

O sulfentrazone é um herbicida com ação em pré-emergência que inibe a protoporfirinogênio oxidase (Protox). Sua utilização tem ênfase em áreas de expansão, como a soja em terras baixas, soja e cana-de-açúcar em áreas de cerrado, e também na implantação de florestamentos de eucalipto. A inserção do sulfentrazone em programas de manejo de plantas daninhas resistentes, principalmente ao glifosato e a inibidores da acetolactato sintase (ALS), vem obtendo sucesso. Contudo, as informações sobre o comportamento ambiental desse herbicida são limitadas, sendo ainda mais restritas quando se trata de áreas de terras baixas, onde frequentemente são observados problemas quanto à seletividade do sulfentrazone, em razão das peculiaridades edafoclimáticas desse ambiente. Nesse âmbito, esta revisão teve por objetivo relacionar as principais características do sulfentrazone com sua dinâmica ambiental e sua seletividade, compreendendo esses processos, a fim de otimizar sua utilização.

Palavras-chave:
triazolinona; pré-emergente; manejo de plantas daninhas; sorção

Autoria

V.R. GEHRKE ^** Corresponding author: <viniciosraffael@hotmail.com>

Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.Universidade Federal de Pelotas - UFPelBrazilPelotas, RS, Brazil Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.

https://orcid.org/0000-0002-8459-9318

E.R. CAMARGO

Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.Universidade Federal de Pelotas - UFPelBrazilPelotas, RS, Brazil Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.

https://orcid.org/0000-0001-8025-1042

L.A. AVILA

Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.Universidade Federal de Pelotas - UFPelBrazilPelotas, RS, Brazil Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.

https://orcid.org/0000-0002-2532-7152

* Corresponding author: <viniciosraffael@hotmail.com>

SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.Universidade Federal de Pelotas - UFPelBrazilPelotas, RS, Brazil Universidade Federal de Pelotas - UFPel, FAEM, Pelotas-RS, Brasil.

Figuras | Tabelas

Figuras (1)
Tabelas (3)

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Figure 1
Metabolism and degradation of sulfentrazone in plants (P), rats, goats and chickens (A), soil (S), and light (L). Adapted from Aizawa and Brown (1999Aizawa H, Brown HM. Metabolism and degradation of porphyrin biosynthesis inhibitor herbicides. In: Böger P, Wakabayashi K. Peroxidizing Herbicides. Berlin: Springer; 1999. p.347-81.).

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Table 1
Physico-chemical properties of sulfentrazone

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Table 2
The half-life of the herbicide sulfentrazone in soil influenced by edaphic factors and environmental conditions

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Table 3
Leaching of the herbicide sulfentrazone in different soils

Figure 1 Metabolism and degradation of sulfentrazone in plants (P), rats, goats and chickens (A), soil (S), and light (L). Adapted from Aizawa and Brown (1999Aizawa H, Brown HM. Metabolism and degradation of porphyrin biosynthesis inhibitor herbicides. In: Böger P, Wakabayashi K. Peroxidizing Herbicides. Berlin: Springer; 1999. p.347-81.).

Table 1 Physico-chemical properties of sulfentrazone

Parameter/ characteristic	Description
Structure
Herbicide	sulfentrazone (R1= CH ₃)
Metabolites ⁽¹⁾	3-hydroxymethyl (R1= CH ₂ OH) 3-carboxylic acid (R1= COOH) 3-dimethyl(R1=H)
Density (g mL^-1) ^{(2, 3)}	0.53
Molecular weight (g mole^-1) ^{(2, 3)}	387.1899
Solubility in water (mg L^-1) ^{(2, 3)} pH 6 pH 7 pH 7.5	110 780 1600
Ionization (pKa⁽⁴⁾) ^{(2, 3)}	6.56
K_ow ⁽⁵⁾ (pH 7) ^{(2, 3)}	9.8
K_oc ⁽⁶⁾ (mL g^-1) ^{(2, 3)}	43
P_vp ⁽⁷⁾(Pa at 25 ^oC) ^{(2, 3)}	1.07x10^-7
K_H ⁽⁸⁾ (atm m/mole)	6.45x10^-13

(1) (Dayan et al., 1996Dayan FE, Weete JD, Hancock HG. Physiological Basis for differential sensitivity to sulfentrazone by sicklepod (Senna obtusifolia) and coffee senna (Cassia occidentalis). Weed Sci. 1996;44:12-7.,1998) (2) (Shaner, 2014Shaner DL. Herbicide handbook. 10ª.ed. Lawrence: Allen Press; 2014. 513p.); (3) (Lewis et al., 2016Lewis KA, Tzilivakis J, Warner DJ, Green A. An international database for pesticide risk assessments and management. Human Ecol Risk Asses Int J. 2016;22(4):1050-64.); (4) Dissociation constant; (5) Octanol-water partition coefficient; (6) Organic carbon partition coefficient; (7) Vapor pressure; (8) Henry’s Law Constant.

Table 2 The half-life of the herbicide sulfentrazone in soil influenced by edaphic factors and environmental conditions

Condition			Half-life (days)	Reference
Soil	Temperature ^oC	Humidity	Half-life (days)	Reference
Sandy soil	27	70% CC⁽⁴⁾	172.4⁽¹⁾	Martinez et al. (2008a)
Red Latosol	40	70% CC⁽⁴⁾	91.6⁽¹⁾	Martinez et al. (2010)
Latossolo distrófico		Dry	182⁽³⁾	Lourenço and Carvalho (2015)
Clayey Soil			70.8⁽²⁾	Mueller et al. (2014)Mueller TC, Boswell BW, Mueller SS, Steckel LE. Dissipation of fomesafen, saflufenacil, sulfentrazone, and flumioxazin from a Tennessee soil under field conditions. Weed Sci. 2014;62(4):664-71.
pH= 6.6 OM=2.6 pH= 8,0 OM=1.3			111⁽¹⁾ 21⁽¹⁾	Szmigielski et al. (2012)Szmigielski AM, Schoenau JJ, Johnson EN, Holm FA, Sapsford KL. Effects of soil factors on phytotoxicity and dissipation of sulfentrazone in canadian prairie soils. Comm Soil Sci Plant Anal. 2012;43:896-904.
Sterilized Non-sterilized 0-10 cm Non-sterilized 30-40 cm Rainfalls above average			198⁽¹⁾ 93⁽¹⁾ 102⁽¹⁾ 24⁽²⁾	Ohmes et al. (2000)
Red Latosol	30^o	80% CC⁽⁴⁾	60⁽¹⁾	Brum et al. (2013)
Quartzarenic Neosol	30^o 30^o 40^o	50% CC⁽⁴⁾ 80% CC⁽⁴⁾ 80% CC⁽⁴⁾	116⁽¹⁾ 77⁽¹⁾ 49⁽¹⁾	Brum et al. (2013)
Clay-loam soil	52 mm 1 DAA⁽⁵⁾ 71mm 12 DAA⁽⁵⁾		30⁽²⁾ 14⁽²⁾	Shaner (2012)

(1) Laboratory; (2) Field; (3) Bioindicator; (4) Field Capacity; (5) Days after application.

Table 3 Leaching of the herbicide sulfentrazone in different soils

Soil/Texture	Depth⁽¹⁾	Reference
Argissolo Vermelho-Amarelo	0-10 cm	Vivian et al. (2006Vivian R, Reis MR, Jakelaitis A, Silva AF, Guimarães AA, Santos JB, et al. Persistência de sulfentrazone em Argissolo Vermelho-Amarelo cultivado com cana-de-açúcar. Planta Daninha. 2006;24(4):741-50.)
Dark-Red Latosol	0-10 cm	Bachega et al. (2009Bachega TF, Pavani MCMD, Alves PLCA, Saes LP, Boschiero M. Lixiviação de sulfentrazone e amicarbazone em colunas de solo com adição de óleo mineral. Planta Daninha. 2009;27(2):363-70.)

Red Latosol (clayey)	2.5 cm	Brum et al. (2013Brum CS, Franco AA, Scorza Junior RP. Degradação do herbicida sulfentrazone em dois solos de Mato Grosso do Sul. Rev Bras Eng Agric Amb. 2013;17(5):558-64.)
Clay-loam soil (sandy)	22.5 cm	Melo et al. (2010Melo CAD, Medeiros WN, Tuffi Santos LD, Ferreira FA, Tiburcio RAS, Ferreira LR. Lixiviação de sulfentrazone, isoxaflutole e oxyfluorfen no perfil de três solos. Planta Daninha. 2010;28(2):385-92.)
Clayey soil (OM=4.4 dag kg^-1)	25 cm	Melo et al. (2010Melo CAD, Medeiros WN, Tuffi Santos LD, Ferreira FA, Tiburcio RAS, Ferreira LR. Lixiviação de sulfentrazone, isoxaflutole e oxyfluorfen no perfil de três solos. Planta Daninha. 2010;28(2):385-92.)
Clayey soil (OM=9.0 dag kg^-1)	17.5 cm	Melo et al. (2010Melo CAD, Medeiros WN, Tuffi Santos LD, Ferreira FA, Tiburcio RAS, Ferreira LR. Lixiviação de sulfentrazone, isoxaflutole e oxyfluorfen no perfil de três solos. Planta Daninha. 2010;28(2):385-92.)
Red Latosol	30 cm	Scorza Jr and Franco (2014)

(1) Depth of leaching observed.

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Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas Departamento de Fitotecnia - DFT, Universidade Federal de Viçosa - UFV, 36570-000 - Viçosa-MG - Brasil, Tel./Fax::(+55 31) 3899-2611 - Viçosa - MG - Brazil
E-mail: rpdaninha@gmail.com

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