O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a produtividade do cultivar de soja M-8766 em consórcio com Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã e Brachiaria ruziziensis, em diferentes densidades e épocas de semeadura. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 2 x 2 x 3, com quatro repetições. Utilizaram-se como fatores espécies de capim-braquiária (Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã e Brachiaria ruziziensis) consorciada com a cultura da soja M-8766, épocas de semeadura (12 e 24 dias após a emergência da soja) e três densidades de semeadura (0, 5 e 10 kg de semente ha‑1). Aos 71 dias após a emergência da soja, foram avaliados a altura das plantas, o diâmetro do caule e a massa seca de folhas, caule e parte aérea; quatro meses após a semeadura, determinou-se o peso de 100 grãos e a produtividade da soja. Os resultados evidenciaram que, quando semeada na densidade de 10 kg ha-1 aos 12 e 24 DAE da soja, Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã ocasionou redução na produtividade na ordem de 6,71 e 3,03% respectivamente, enquanto Brachiaria ruziziensis foi a que mais reduziu a produtividade: na ordem de 13,42 e 16,23%, respectivamente - valores estes de expressão quando se considera o preço da saca de soja. B. ruziziensis expressou menor competitividade com a cultura da soja; contudo, a grande produção de biomassa dessa gramínea propiciou a implantação do sistema de plantio direto na safra seguinte.
competição; Glycine max; Brachiaria brizantha; Brachiaria ruziziensis; integração lavoura-pecuária; sistema Santa Fé
