Neste trabalho tentamos demonstrar a possibilidade de uma intervenção que, mesmo sem ter objetivos psicoterapêuticos em uma concepção mais estrita, produziu efeitos equivalentes aos da psicoterapia, uma vez que propiciou aos participantes a possibilidade de entrar em contacto com seu mundo interno e de lançar mão de recursos até então desconhecidos para eles. Este tipo de percepção deu aos participantes mais instrumentos para lidar com a situação difícil que representa uma criança portadora de câncer. Ao relatar experiência realizada com um grupo de mães de crianças submetidas a transplante de medula óssea, além da apresentação de uma forma peculiar de intervenção que se mostrou efetiva, e do aprendizado resultante da experiência, propomos ao leitor a possibilidade de reproduzir este modelo em outros tipos de grupos e instituições.
intervenção em grupo; psicooncologia; psicologia da saúde