RESUMO
As teorias da motivação desenvolvidas no século XX são opostas. Requer-se uma que, sobre a base dos fatos, integre harmonicamente os resultados alcançados. Destacamos a aprendizagem das necessidades, baseado em determinantes orgânicos e adquiridos, mediante o reforço afetivo dos objetos do mundo exterior e das palavras em que se canalizam. Os requerimentos orgânicos se concretizam nos objetos e nas palavras. As necessidades superiores surgem pela assimilação da linguagem e se constituem em determinantes independentes dos requerimentos orgânicos e entre eles e com o desenvolvimento psíquico, os deveres assumidos predominam pelo geral nos conflitos. Em sua conduta, inicialmente reativa e adaptativa, o sujeito vai elaborando projetos criativos dirigidos ao futuro que conduzem à auto realização. Assim, existe a unidade e determinação recíprocas da adaptação e da auto realização, como explicação da conduta humana. Nas contradições da vida se impõem dois dinamismos: a motivação específica, dirigida a obter o objeto meta da necessidade, e a motivação inespecífica ante a frustração e o conflito, dirigida a reduzir por outras vias a tensão insatisfatória. Ambos dinamismos se encontram em unidade, mas a específica é típica da motivação normal na qual predominam, em forma relativamente harmônica e integradora, os projetos e fins assumidos, enquanto que a inespecífica é predominante na motivação anormal, na qual os determinantes inconscientes e externos assumem um rol principal. Só a verdade mais plena será o mais útil para o ser humano.
Palavras-chave:
Epistemologia; teoria; motivação