RESUMO.
O pré-natal tornou-se um modo de investir na gestação, porém, a forma como cada mulher vai exercer o cuidado envolve um conjunto heterogêneo de práticas. O objetivo deste artigo é problematizar como os discursos se articulam nas redes sociais e direcionam a mulher a um modelo específico de maternidade. O percurso metodológico dá-se pela cartografia, com apoio de ferramentas foucaultianas: verdade, poder e subjetividade. Nas discussões e resultados, percebemos que o discurso de medicalização do corpo se desdobra em um investimento na família moderna, que seria um agente privilegiado de medicalização, e que as mulheres são interpeladas diretamente por este processo. Concluiu-se que o processo de medicalização atua, no corpo, por meio de uma série de saberes e discursos e compõe uma política normativa de um modelo de maternidade a partir de diferentes enunciações.
Palavras-chave:
Cartografia; maternidade; corporeidade