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PERFIL DE EGRESSOS DE PSICOLOGIA DE UMA UNIVERSIDADE DO INTERIOR CEARENSE

Perfil de Egresos de Psicología de una Universidad del Interior Cearense

RESUMO

O objetivo deste estudo foi analisar o perfil dos egressos do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará, campus Sobral. Realizou-se um levantamento por meio de questionário autoaplicável (n = 157). A maioria dos participantes era do gênero feminino e tinha entre 20 e 30 anos. Os dados foram analisados com o programa IBM SPSS (versão 22). Foram produzidas estatísticas descritivas. Dentre os achados, viu-se que a maioria dos egressos nascera e residia na macrorregião de Sobral/Ibiapaba. Grande parte dos egressos trabalhava como psicólogo e a clínica foi a área de atuação mais citada. A principal dificuldade para a inserção no mercado de trabalho foi a reduzida experiência profissional. Depreende-se que a interiorização das universidades está relacionada à inclusão social ao possibilitar o acesso à educação e a fixação de profissionais no interior dos estados.

Palavras-chave:
universidade pública; interiorização; formação do psicólogo; mercado de trabalho

RESUMEN

El propósito de la presente investigación fue examinar el perfil de los egresados de la carrera de Psicología en la Universidad Federal de Ceará, ubicada en el campus de Sobral. Para ello, se efectuó una recolección de datos mediante un cuestionario autoadministrado, el cual fue completado por un total de 157 participantes. La mayoría de estos eran mujeres, con edades comprendidas entre los 20 y 30 años. El análisis de los datos recabados se llevó a cabo utilizando el software IBM SPSS, versión 22, generando estadísticas descriptivas. Entre los hallazgos, la mayoría de los egresados son originarios y residentes de la macrorregión de Sobral/Ibiapaba. Se observó que un número considerable de los graduados se desempeña profesionalmente como psicólogos, siendo la práctica clínica el ámbito más frecuentemente señalado de actuación. Uno de los principales obstáculos identificados para la inserción en el mercado laboral fue la limitada experiencia profesional de los egresados. A partir de estos resultados, se infiere que la descentralización de las universidades cumple un papel fundamental en la inclusión social, al facilitar el acceso a la educación superior y promover la retención de profesionales en las áreas más alejadas de los centros urbanos.

Palabras clave:
universidad pública; interiorización; formación del psicólogo; mercado laboral

ABSTRACT

The purpose of this study was to examine the demographic and professional characteristics of Psychology graduates from the Federal University of Ceará’s Sobral campus. Conducted via a self-administered questionnaire with 157 respondents, the survey found that a predominant number of participants were female, aged 20 to 30 years. Data analysis was performed using IBM SPSS software (version 22), generating descriptive statistics. Results indicated that most graduates originated from and resided within the Sobral/Ibiapaba macro-region, with a significant number employed as psychologists, particularly in clinical practice. The primary barrier to job market entry identified was limited professional experience. This study suggests that the decentralization of higher education contributes to social inclusion, promoting both access to education and the retention of professionals in less urbanized areas.

Keywords:
public university; internalization; psychologist training; job market

INTRODUÇÃO

As instituições de Ensino Superior têm a função estratégica no desenvolvimento econômico e educacional das cidades e regiões em que estão implantadas (Padilha, Rezende, Martins, & Ciquelero, 2018Padilha, R. C. H. W., Rezende, C. C., Martins M. A., & Ciquelero, C. (2018). O papel da universidade: contribuições da Unicentro para o desenvolvimento da região central do Paraná. In Manchope, E. C. P. et al. (Eds.), Interiorização do ensino superior: protagonismo das universidades estaduais e municipais no desenvolvimento regional(pp. 221-233). Cascavel: Edunioeste.). Adicionalmente, a formação de profissionais qualificados é ancorada pelo tripé ensino, pesquisa e extensão (Pivetta, Backes, Carpes, Battistel, & Marchiori, 2010Pivetta, H. M. F., Backes, D. S., Carpes, A., Battistel, A. L. H. T., & Marchiori, M. (2010). Ensino, pesquisa e extensão universitária: em busca de uma integração efetiva. Linhas críticas, 16(31), 377-390. https://doi.org/10.26512/lc.v16i31.3634
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), pois a integração desses três âmbitos possibilita uma formação não limitada ao aprendizado técnico e evidencia os aspectos éticos, o compromisso social e a responsabilidade cidadã (Silva, Sousa, Chaves, Sousa, & Rocha Filho, 2019Silva, A. L. D. B., Sousa, S. C. D., Chaves, A. C. F., Sousa, S. G. D. C., & Rocha Filho, D. R. D. (2019). Importância da extensão universitária na formação profissional: Projeto Canudos. Revista de enfermagem Universidade Federal de Pernambuco On-Line, 13, 1-8. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2019.242189
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). A partir disso, no processo de formação profissional, a universidade deve assegurar educação que contemple comprometimento com a ética e competências na qualidade dos serviços que serão prestados à sociedade (Amendola, 2014Amendola, M. F. (2014). História da construção do Código de Ética Profissional do Psicólogo. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14(2), 660-685. Recuperado de:https://www.redalyc.org/pdf/4518/451844508016.pdf
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). Dessa forma, espera-se que a graduação seja condizente com as demandas sociais presentes na localidade.

Desde o Plano Nacional de Educação (PNE 2001Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União(10-012001). Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm
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-2010), estabelecido no fim do mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, uma série de iniciativas foi implantada com o intuito de fomentar a expansão do Ensino Superior em diferentes regiões do país. A política de expansão das instituições federais de Ensino Superior, desencadeada em 2003 pelo então presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, foi ampliada, em 2007, por meio do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que oportunizou o processo de interiorização de universidades brasileiras (Bizerril, 2020Bizerril, M. X. A. (2020). O processo de expansão e interiorização das universidades federais brasileiras e seus desdobramentos. Revista Tempos e Espaços em Educação, 13(32), 1-15. http://dx.doi.org/10.20952/revtee.v13i32.13456
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). Além de proporcionar maior acesso ao Ensino Superior por meio da ampliação do número de vagas (Carvalho, Lima, Costa, & Júnior, 2018Carvalho, F. J. D. D., Lima, L. G. D., Costa, F. D. F., & S Júnior, A. L. S. (2018). Educação superior pública no Rio Grande do Norte: expansão e interiorização. Revista Brasileira de Planejamento e Desenvolvimento, 7(2), 241-263. https://doi.org/10.3895/rbpd.v7n2.5724
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), essa interiorização promoveu repercussões, relacionadas aos egressos, positivas que impactam qualitativamente a economia local (Bizerril, 2020).

O campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Sobral é um desdobramento da expansão e da interiorização das universidades públicas. A cidade em que a instituição está inserida possui uma infraestrutura consolidada, que enseja o desenvolvimento do município (Lima, 2014Lima, J. G. (2014). Nova Representatividade no Sertão Cearense: Políticas públicas e organização do espaço urbano na cidade de Sobral/CE. Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais, 3(1), 86-102. Recuperado de:https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5842579
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). Nesse contexto, o curso de Psicologia foi implementado em 2005, entrou exercício a partir de 2006 e, até o primeiro semestre de 2021, alunos de 10 turmas já haviam colado grau.

A universidade tem a função de oportunizar competências para atuação profissional em psicologia nas mais diversas áreas (Bardagi, Bizarro, Andrade, Audibert, & Lassance, 2008Bardagi, M. P., Bizarro, L., Andrade, A. M. J. D., Audibert, A., & Lassance, M. C. P. (2008). Avaliação da formação e trajetória profissional na perspectiva de egressos de um curso de psicologia. Psicologia: ciência e profissão, 28(2), 304-315. https://doi.org/10.1590/S1414-98932008000200007
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). Contudo essa prática encontra dificuldades, entre as quais se destaca o comprometimento numa atuação pautada para as necessidades da população mais desamparada, visto que há um distanciamento entre a formação acadêmica oferecida e a realidade dos indivíduos que se encontram em situação de vulnerabilidade social (Martins, Matos, & Maciel, 2009Martins, K. P. H., Matos, T. G. R., & Maciel, R. H. M. O. (2009). Formação em psicologia e as novas demandas sociais: relato dos egressos da Universidade de Fortaleza. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 9(3), 1023-1042. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v9n3/13.pdf
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). Assim, traçar o perfil de psicólogos egressos pode fornecer informações pertinentes acerca do ensino ofertado.

Nessa perspectiva, diversas universidades têm investigado o impacto da formação oferecida a partir da análise do perfil de seus egressos. Na Bolívia, Siles (2015Siles, E. Y. (2015). Inserción laboral de titulados de Psicología de la Universidad Mayor de San Andrés. Revista de Investigacion Psicologica, (14), 57-73. Recuperado de:http://www.scielo.org.bo/scielo.php?pid=S2223-30322015000200006&script=sci_arttext
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) observou que, numa amostra de egressos do curso de Psicologia da Universidad Mayor de San Andrés, 86% deles se encontravam inseridos no mercado de trabalho. Desse contingente, 22% não trabalhavam na área de Psicologia. Além disso, 19% dos respondentes estavam desempregados e afirmaram que os empregos disponíveis não estavam de acordo com sua qualificação profissional. No que se refere à área de atuação, a investigação descobriu que 37% desses profissionais trabalhavam em consultório, 19% eram docentes, 14% atuavam em projetos, 5% realizavam pesquisas para instituições públicas e privadas e 25% estavam empregados em outras áreas (p. ex.: microempresas, vendas, defensoria de crianças e adolescentes, serviços jurídicos e de saúde). O estudo demonstrou ainda que a maioria (39%) tinha vínculo de trabalho temporário, enquanto 18% eram efetivos, e 46% trabalhavam em consultorias.

No Brasil, o estudo de Bardagi et al. (2008Bardagi, M. P., Bizarro, L., Andrade, A. M. J. D., Audibert, A., & Lassance, M. C. P. (2008). Avaliação da formação e trajetória profissional na perspectiva de egressos de um curso de psicologia. Psicologia: ciência e profissão, 28(2), 304-315. https://doi.org/10.1590/S1414-98932008000200007
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) realizado com psicólogos egressos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul evidenciou que 88% deles atuavam na área da Psicologia. Quanto à inserção laboral, a maioria (35,8%) entrou no mercado de trabalho a partir da clínica ou dos consultórios particulares. Além disso, 25% informaram que participavam de programas de pós-graduação, 10,8% relataram ter trabalhado na área organizacional no primeiro emprego, e 13% começaram a trabalhar em outros campos não relacionados à Psicologia. No que se refere às dificuldades em conseguir emprego, foram reportados a restrição do campo de atuação (33%), o não ter experiência (29%) e os baixos salários (22%).

Em investigação realizada com uma amostra de egressos de Psicologia de uma universidade do oeste de Santa Catarina, Barreto, Lazaroto e Barreto (2013Barreto, D. M., Lazaroto, T. C., & Barreto, J. B. M. (2013). Caracterização de egressos e acadêmicos do curso de Psicologia em relação à atuação profissional. Unoesc & Ciência-ACHS, 4(1), 101-12. Recuperado de: https://core.ac.uk/download/pdf/235124747.pdf
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) observaram que parte significativa deles atuava na área clínica (26%) e organizacional (26%), seguida pela social (18%). A maioria (88%) buscou fazer alguma pós-graduação, cujo tipo mais procurado foi a especialização (77%). Corrobora esses achados o estudo realizado por Souza e Mattos (2020Mattos, V. D. B., & Souza, G. A. (2020). Formação e desenvolvimento de carreira: relato dos egressos do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Revista Psicologia e Educação On-Line, 3(1), 73-82. Recuperado de:http://psicologiaeeducacao.ubi.pt/Ficheiros/ArtigosOnLine/2020N1/V3N1%20-%208.pdf
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), ao investigar a inserção profissional de 103 egressos do curso de Psicologia, entre 2010 e 2017, quando 84,4% deram continuidade aos estudos após a graduação.

No Ceará, Martins et al. (2009Martins, K. P. H., Matos, T. G. R., & Maciel, R. H. M. O. (2009). Formação em psicologia e as novas demandas sociais: relato dos egressos da Universidade de Fortaleza. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 9(3), 1023-1042. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v9n3/13.pdf
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) analisaram o perfil dos egressos do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza. Foi evidenciado que 81,7% desses ex-alunos atuavam em atividades relacionadas à Psicologia e que 18,3% deles estavam desempregados ou trabalhavam em outras áreas. O campo da Psicologia organizacional e do trabalho foi o mais frequente (35,8%), seguido pela clínica (30,6%), Psicologia social/saúde/comunitária (20%) e escolar (12%). Além disso, as autoras constataram que muitos profissionais trabalhavam em duas ou três áreas distintas em diferentes locais ou exerciam duas atividades no mesmo lugar.

A pesquisa de Carneiro e Sampaio (2016Carneiro, V. T., & Sampaio, S. M. R. (2016). Em busca de emprego: a transição de universitários e egressos para o mundo do trabalho. Revista Contemporânea de Educação, 11(21), 41-63. https://doi.org/10.20500/rce.v11i21.2215
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), que abordou estudantes de Psicologia próximos de se graduar e após a graduação, demonstrou que todos tinham interesse em trabalhar como psicólogos, entretanto parte dos respondentes revelou que trabalharia em outras áreas caso fossem melhor remuneradas. Ainda no que concerne à empregabilidade, os participantes mencionaram a possibilidade de cursar alguma pós-graduação para ter maiores chances de conseguir um emprego. Já para a entrada no mercado de trabalho, os estudantes apontaram que indicações e concursos públicos são as melhores formas de conseguir uma ocupação profissional, o que foi confirmado na segunda entrevista após se graduarem.

Em síntese, os achados acima mostram a prevalência da clínica como campo de atuação dos egressos dos cursos de Psicologia. Outras áreas também são citadas, como a organizacional e a social. Os estudos demonstraram ainda que parte dos egressos busca fazer alguma pós-graduação e que as dificuldades em conseguir emprego na área da Psicologia estão relacionadas à percepção de que os campos de atuação são restritos, à falta de experiência, aos baixos salários e ao fato de os empregos não corresponderem à qualificação que os profissionais possuem.

Apesar de os estudos apontarem dados importantes sobre os principais campos de atuação dos egressos de Psicologia, são necessárias investigações que abordem, de forma mais detalhada, o perfil de tais profissionais, a sua inserção regional, as áreas em que realizaram cursos de pós-graduação e a caracterização das instituições nas quais trabalham. Além disso, são escassas as pesquisas sobre o tema relacionadas aos campi que surgiram a partir do processo de interiorização das universidades. Em face disso, o presente estudo tem como objetivo geral analisar o perfil dos egressos do curso de Psicologia do campus da UFC em Sobral.

Esta pesquisa se justifica, na medida em que o curso em questão está há mais de uma década em funcionamento e em que não há estudos que investiguem seus egressos. Além dessa implicação específica, os resultados dessa investigação podem auxiliar a dimensionar as repercussões da interiorização dos cursos de Psicologia e explicitar o seu papel para o desenvolvimento regional. A pesquisa também poderá subsidiar as discussões sobre os projetos políticos pedagógicos dos cursos na área, pois evidenciará questões relevantes para pensar a formação do Psicólogo.

MÉTODO

Foi realizado um estudo de levantamento (survey), por meio de questionário on-line autoaplicável, com os egressos do curso de Psicologia do campus da UFC em Sobral. A coleta de dados ocorreu entre maio e junho de 2021. Os participantes foram contatados através de e-mail e, além disso, a pesquisa foi divulgada por meio de redes sociais (Whatsapp, Facebook e Instagram).

O questionário utilizado foi elaborado pelos autores e continha 33 questões agrupadas em quatro blocos. O primeiro tratava do perfil sociodemográfico (p. ex.: gênero, idade e raça). O segundo abordava a formação acadêmica (p. ex.: “Você possui alguma pós-graduação?”). O terceiro dizia respeito à atuação profissional (p. ex.: “Você atua na sua área de formação em Psicologia?”). Por fim, o quarto bloco abordava questões sobre a relação entre a universidade e o mercado de trabalho (p. ex.: “O que mais lhe ajudou no processo de transição para o mercado de trabalho?”).

Até o período de realização do levantamento, alunos de 10 turmas já tinham se formado, perfazendo um total de 317 egressos. Desses, 157 responderam ao questionário, o que equivale a 49,52% do total de psicólogos graduados.

Utilizou-se o programa IBM SPSS (versão 22) para a análise dos dados. Esse software oferece uma interface gráfica acessível e conta com diversos módulos para análise estatística. Ele possibilita a preparação dos dados, análise e elaboração de relatórios. Inicialmente voltado às ciências humanas e sociais, o SPSS expandiu seu escopo para diversas áreas do conhecimento.

Nesta investigação, a partir do SPSS, foram aferidas estatísticas descritivas por meio do cálculo de frequências e percentuais. Em alguns casos, os resultados apresentados superaram 100%, pois os egressos podiam escolher mais de uma opção de resposta.

Nesta pesquisa, entre os participantes, 75,2% declaram ser do gênero feminino. No que se refere à idade, 61,8% tinham entre 20 e 30 anos. Em relação à etnia, mais da metade (50,3%) se autodeclarou como branca; 40,1%, como pardos; e 9,6%, como pretos. Quanto ao estado civil, a maioria era solteira (65%). No que concerne à renda, 49,04% recebiam entre 1 e 3 salários-mínimos. Além disso, mais da metade (52,87%) informou ser católica, e um terço (33,12%) declarou não ter religião. Ainda que a maioria morasse no Brasil (97,45%), foram identificados egressos que viviam fora do país (2,55%).

Considerações Éticas

O projeto foi apreciado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú e autorizado sob o número CAAE 44528621.0.0000.5053, seguindo todas as diretrizes e normas regulamentadoras descritas na resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Além disso, o consentimento informado foi obtido de todos os participantes do estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A maior parte dos egressos nasceu na macrorregião de Sobral/Ibiapaba (58,3%), e, entre estes, 63,7% eram naturais no município de Sobral. Quando da realização do estudo, 61,1% dos participantes residiam na região supramencionada, entre os quais 49,9% moravam na cidade de Sobral. Os demais resultados quanto à naturalidade e local de residência são apresentados na tabela 1.

Tabela 1
Macrorregiões Cearenses Onde os Egressos Nasceram e Residiam (n = 157).

A predominância de participantes naturais e residentes da macrorregião de Sobral/Ibiapaba retrata, por um lado, o fato de essa região absorver o profissional recém-formado e, por outro, o impacto que o egresso traz para a economia local a partir de sua qualificação (Bizerril, 2020Bizerril, M. X. A. (2020). O processo de expansão e interiorização das universidades federais brasileiras e seus desdobramentos. Revista Tempos e Espaços em Educação, 13(32), 1-15. http://dx.doi.org/10.20952/revtee.v13i32.13456
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). Vê-se, portanto, que a interiorização das universidades está relacionada à inclusão social ao possibilitar o acesso à educação e a fixação de profissionais no interior dos estados (Rieder, 2011Rieder, A. (2011). A interiorização da educação superior no Brasil: caso de Mato Grosso. Revista Gestão Universitária na América Latina, 4(3), 228-247. https://doi.org/10.5007/1983-4535.2011v4n3p228
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). Esse processo permitiu, também, a descentralização do capital de conhecimento, antes restrito aos grandes centros urbanos (Camargo & Araújo, 2018Camargo, A. M. M., & Araújo, I. M. (2018). Expansão e interiorização das universidades federais no período de 2003 a 2014: perspectivas governamentais em debate. Acta Scientiarum Education, 40(1), 1-11. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v40i1.37659
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). Corrobora esse entendimento o fato de 70,3% dos participantes terem afirmado só conseguir cursar Psicologia devido à existência do campus da UFC em Sobral.

A maioria dos egressos (77,7%) cursou pós-graduação. Desses, 61,5% em instituições privadas. Entre os respondentes que continuaram a formação, 69,7% fizeram especialização; 13,9%, especialização com caráter de residência; 27%, mestrado; e 0,8%, doutorado.

Esses dados se alinham com achados de pesquisas anteriores que mostram os egressos dos cursos de Psicologia dando continuidade à formação acadêmica (Bobato, Stock & Pinotti, 2016Bobato, S. T., Stock, C. M., & Pinotti, L. K. (2016). Formação, inserção e atuação profissional na perspectiva dos egressos de um Curso de Psicologia. Psicologia Ensino & Formação, 7(2), 18-33. http://dx.doi.org/10.21826/2179-58002016721933
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; Souza & Mattos, 2020Mattos, V. D. B., & Souza, G. A. (2020). Formação e desenvolvimento de carreira: relato dos egressos do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Revista Psicologia e Educação On-Line, 3(1), 73-82. Recuperado de:http://psicologiaeeducacao.ubi.pt/Ficheiros/ArtigosOnLine/2020N1/V3N1%20-%208.pdf
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). Nesse sentido, a pós-graduação se apresenta como uma oportunidade de qualificação profissional (Mattos & Souza, 2020Mattos, V. D. B., & Souza, G. A. (2020). Formação e desenvolvimento de carreira: relato dos egressos do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Revista Psicologia e Educação On-Line, 3(1), 73-82. Recuperado de:http://psicologiaeeducacao.ubi.pt/Ficheiros/ArtigosOnLine/2020N1/V3N1%20-%208.pdf
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). A prevalência de participantes recorrendo a instituições privadas de ensino, contudo, enseja um debate sobre a oferta de cursos de especialização nas universidades públicas, pois eles atendem a demandas formativas de relevância coletiva, rompem com interesses eminentemente mercadológicos, além de proporcionarem ensino de qualidade (Silva, Simon & Leal, 2018Silva, C. C., Simon, L. W., & Leal, T. C. (2018). Panorama da Oferta de cursos de pós-graduação lato sensu a distância em nível de especialização na Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC. Tecnologias de Informação e Comunicação & Educação a Distância em Foco, 4(2), 55-72. Recuperado de:https://www.uemanet.uema.br/revista/index.php/ticseadfoco/article/view/338/297
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).

Ainda é preciso destacar que os resultados relativos à pós-graduação stricto sensu, por sua vez, mostram o baixo envolvimento dos egressos do curso de Psicologia em programas de mestrado e de doutorado (Martins et al., 2009Martins, K. P. H., Matos, T. G. R., & Maciel, R. H. M. O. (2009). Formação em psicologia e as novas demandas sociais: relato dos egressos da Universidade de Fortaleza. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 9(3), 1023-1042. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v9n3/13.pdf
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). Isto pode estar relacionado com os desinvestimentos em políticas públicas que ampliem as oportunidades de acesso aos programas de pós-graduação (Mourão, Travassos, Abbad, & Carvalho, 2019Mourão, L., Travassos, R., Abbad, G. S., & Carvalho, L. (2019). Avaliação dos cursos de graduação em Psicologia na percepção de egressos. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 20(2), 43-55. Recuperado de:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902019000200005&lng=pt&tlng=pt.
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). No que diz respeito a isso, também é importante frisar que apenas em 2019 foi criado um mestrado em Psicologia e Políticas Públicas no campus da UFC em Sobral. Além disso, na cidade e nas regiões circunvizinhas, não há oferta de cursos de doutorado.

A área da saúde foi a mais cursada na pós-graduação (46,7%). Psicologia Organizacional e do Trabalho e Psicologia Clínica apareceram como opções para, respectivamente, 12,3% e 8,2% dos respondentes. Esses resultados diferem de outros achados em que se observa uma maior prevalência das duas últimas áreas citadas como escolha de formação entre egressos de Psicologia (Martins et al., 2009Martins, K. P. H., Matos, T. G. R., & Maciel, R. H. M. O. (2009). Formação em psicologia e as novas demandas sociais: relato dos egressos da Universidade de Fortaleza. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 9(3), 1023-1042. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v9n3/13.pdf
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).

A maior predominância da área de saúde como opção de pós-graduação entre os participantes deste estudo se relaciona com os dados que demonstram a absorção dos egressos pela realidade local e pode guardar relação com avanço das políticas públicas de saúde na região. Sobral é referência nesta área, que tem se expandido especialmente em função da atenção primária e conta com programas de residências em saúde mental e saúde da família, além de diversos equipamentos. Para além disso, a UFC também contava com mestrados em saúde da família e em ciências da saúde.

Tabela 2
Áreas em que os Egressos Realizaram Pós-graduação (n = 122).

Em relação à atuação profissional, a maioria dos entrevistados trabalhava com psicologia (88,5%) em áreas como: clínica (58,3%), saúde (31,7%), escolar/educacional (13%), social (8,6%), organizacional e do trabalho (7,2%) e docência (6,5%). Esse resultado é condizente com estudos anteriores nos quais a área de atuação com maior prevalência foi a clínica (Bardagi et al., 2008Bardagi, M. P., Bizarro, L., Andrade, A. M. J. D., Audibert, A., & Lassance, M. C. P. (2008). Avaliação da formação e trajetória profissional na perspectiva de egressos de um curso de psicologia. Psicologia: ciência e profissão, 28(2), 304-315. https://doi.org/10.1590/S1414-98932008000200007
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; Barreto et al., 2013Barreto, D. M., Lazaroto, T. C., & Barreto, J. B. M. (2013). Caracterização de egressos e acadêmicos do curso de Psicologia em relação à atuação profissional. Unoesc & Ciência-ACHS, 4(1), 101-12. Recuperado de: https://core.ac.uk/download/pdf/235124747.pdf
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; Siles, 2015Siles, E. Y. (2015). Inserción laboral de titulados de Psicología de la Universidad Mayor de San Andrés. Revista de Investigacion Psicologica, (14), 57-73. Recuperado de:http://www.scielo.org.bo/scielo.php?pid=S2223-30322015000200006&script=sci_arttext
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). Além disso, 41% indicaram atuar em ao menos duas áreas. Isto se alinha com resultados de pesquisa anterior (Martins et al., 2009Martins, K. P. H., Matos, T. G. R., & Maciel, R. H. M. O. (2009). Formação em psicologia e as novas demandas sociais: relato dos egressos da Universidade de Fortaleza. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 9(3), 1023-1042. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v9n3/13.pdf
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), a partir dos quais se constatou que muitos profissionais de psicologia trabalhavam em duas ou três áreas distintas em diferentes locais ou exerciam duas atividades no mesmo lugar.

Tabela 3
Áreas da Psicologia em que os Egressos Atuavam (n = 139).

Os participantes que não atuavam como psicólogos informaram exercer profissões como bancário, guarda municipal e empreendedor. Entre as justificativas para tanto, estavam a baixa remuneração, a falta de oportunidades de emprego e a frustração com a área de Psicologia. Esse achado é parcialmente similar com aqueles encontrados em estudo anterior (Carneiro & Sampaio, 2016Carneiro, V. T., & Sampaio, S. M. R. (2016). Em busca de emprego: a transição de universitários e egressos para o mundo do trabalho. Revista Contemporânea de Educação, 11(21), 41-63. https://doi.org/10.20500/rce.v11i21.2215
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), no qual se observou que psicólogos e estudantes concludentes relataram que trabalhariam em outras áreas caso conseguissem melhores remunerações.

A maioria dos participantes (63,1%) informou que demorou até seis meses para conseguir emprego como psicólogo após a colação de grau. Nessa perspectiva, no que diz respeito à transição da universidade para o mercado de trabalho, 42% dos respondentes a consideraram satisfatória ou extremamente satisfatória. Em relação a essa transição, as principais dificuldades reportadas foram: falta de experiência profissional (61,5%) e ausência de vagas de emprego próximas aos locais de residência (50%). Em contrapartida, os elementos de maior ajuda foram: aprovação em seleções ou concursos públicos (47,7%) e indicação de amigos ou familiares (40,6%), resultado similar ao encontrado por Carneiro e Sampaio (2016Carneiro, V. T., & Sampaio, S. M. R. (2016). Em busca de emprego: a transição de universitários e egressos para o mundo do trabalho. Revista Contemporânea de Educação, 11(21), 41-63. https://doi.org/10.20500/rce.v11i21.2215
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).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo teve como objetivo analisar o perfil dos egressos do curso de Psicologia do campus da UFC em Sobral. Realizou-se, para tanto, um levantamento a partir do qual foram analisados dados sociodemográficos sobre a formação acadêmica, a atuação profissional e a relação entre universidade e mercado de trabalho.

A maioria dos egressos nasceu e residia na macrorregião de Sobral/Ibiapaba. Além disso, a maior parte dos respondentes fez especialização em instituições privadas de ensino, menos de um terço fez mestrado, e apenas um participante fez doutorado. Além disso, foi observado que a área da saúde era a mais procurada para estudos de pós-graduação. Grande parte dos egressos trabalhava como psicólogo, e a clínica foi a área de atuação mais citada. Dessa forma, quase metade dos respondentes indicou atuar em mais de uma área da Psicologia. Os resultados suscitaram, ainda, uma rápida inserção no mercado de trabalho. Os principais fatores, tanto em dificuldade quanto em abertura laboral, foram respectivamente, a reduzida experiência profissional e a oportunidade de conseguir vagas por meio de seleções e de concursos públicos.

É preciso destacar que uma das limitações do estudo foi ter obtido uma taxa de resposta inferior à metade da população visada. Isto pode ter ocorrido na medida em que a divulgação da pesquisa por meio de redes sociais e e-mails talvez não tenha alcançado a totalidade dos egressos. Estudos posteriores podem analisar a inserção dos psicólogos formados na UFC em programas de pós-graduação stricto sensu, bem como avaliar os motivos de a clínica ser a principal área de atuação. Assim como, se mostra pertinente estudar os fatores que contribuíram para a inserção no mercado de trabalho ter sido considerada positiva.

Agradecimentos

A Pesquisa contou com o apoio financeiro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UFC, edital Nº 2/2018).

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Jun 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    14 Mar 2022
  • Aceito
    17 Jul 2023
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