O ensaio propõe um debate inscrito no contexto das discussões sobre uma reforma de caráter oficial e nacional anunciada no México para a formação inicial de docentes. Duas posições são ponto de partida: a primeira consiste em conceber a formação de docentes como um processo contínuo, o qual implica atuar a partir de uma visão integral e sistêmica dos programas de formação docente; a segunda posição questiona as grandes e cíclicas reformas com as quais se pretendem mudanças radicais em subsistemas educativos nacionais e cujas consequências indesejáveis descrevem-se nos estudos de campo. A discussão central do trabalho remete ao papel das práticas escolares na formação inicial de docentes e está apoiada em literatura internacional sobre esse tema. O trabalho destaca a construção de conhecimento sobre a escola e a docência que os sujeitos envolvidos nas práticas desenvolvem: professores de escolas, docentes de instituições formadoras e estudantes. Propõe-se, para a análise, a noção de “encontro de duas culturas”, a da prática desenvolvida na escola e a das instituições formadoras, assinalando tanto as dificuldades como os benefícios reconhecidos por estudantes e professores.
Formação de professores; Educação; Ensino