Resumo
Este artigo visa conhecer o que professores de escola pública de ensino fundamental e as famílias dos estudantes entendem sobre violência. Como fontes de informações utilizaram-se: questionário com os professores e entrevistas com as famílias. Esses instrumentos possibilitaram compreender os sentidos e significados dado a violência, por meio das perguntas: 1) “O que é violência? ”; 2) “Você já viveu e o que sentiu em uma situação de violência? ”; 3) “Quais ações de encaminhamentos nesta situação de violência? ”. Os resultados foram analisados pela Metodologia Construtiva-Interpretativa buscando-se entender o processo de tomada de consciência por três dimensões: pensar, sentir e agir. As famílias apresentaram a violência apontando os tipos de manifestação, perpassando a própria história de vida, apresentando uma (re)produção ideologicamente naturalizada. A escola percebeu a violência como ação direcionada ao outro, instrumentalizada e tipificada. Diante disso, pela perspectiva da Psicologia Crítica percebemos uma desarticulação dos sentidos atribuídos à violência, entre a escola e a família, desfavorecendo o processo de desenvolvimento integral da criança e adolescente e a tomada de consciência.
Palavras-Chave:
Psicologia; família; violência