Resumo:
Este artigo tem como objetivo compreender e comparar a animacidade construída gramaticalmente em orações no português brasileiro e no alemão tendo como base a Linguística Sistêmico-Funcional ( Halliday; Matthiessen 2014Halliday, M. A. K.; Matthiessen, Christian M. I. M. Halliday’s introduction to functional grammar. 4th ed. London: Routledge, 2014. ). Halliday, McIntosh e Strevens ( 1964Halliday, M. A. K.; Mcintosh, Angus; Strevens, Peter. The linguist sciences and language teaching. London: Longmans, 1964. ) e Krzeszowski ( 1990Krzeszowski, Tomasz P. Contrasting languages: The scope of contrastive linguistics. Berlin: De Gruyter Mouton, 1990. (Trends in Linguistics. Studies and Monographs [TiLSM], v. 51). ) afirmam que todas as línguas podem ser contrastadas, à medida que possuam categorias teóricas e descritivas que possam estabelecer a equivalência entre elas. Para isso, um corpus comparável de artigos acadêmicos em português e alemão foi compilado ( Tognini-Bonelli 2010Tognini-Bonelli, Elena. Theoretical overview of the evolution of corpus linguistics. In: O’Keeffe, Anne; McCarthy, Michael J. (ed.). The Routledge Handbook of Corpus Linguistics. New York: Routledge, 2010. p. 14-27. ) e, posteriormente, a análise linguística da animacidade, mais especificamente, dos objetos semióticos, foi realizada em cada língua e contrastada. Os resultados mostram que o português e o alemão, à primeira vista, funcionam de forma semelhante; no entanto, a análise mais aprofundada revela que o alemão recorre a construções menos ativas para os objetos semióticos, ao passo que o português utiliza opções mais ativas em orações.
Palavras-chave:
análise contrastiva; Linguística Sistêmico-Funcional; português; alemão; animacidade