Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo mensurar a eficiência dos gastos em Atenção Primária à Saúde (APS) dos municípios paulistas e avaliar sua correlação com a densidade demográfica e o tamanho populacional dos municípios, assim como com sua localização geográfica e seu PIB per capita. Realizou-se uma avaliação ex post, quantitativa e descritiva acerca da eficiência do gasto em APS para uma amostra dos municípios paulistas (n=509), considerando os dados do ano de 2015. A presente pesquisa fez uso de um modelo de Data Envelopment Analysis com Supereficiência para detectar e remover outliers. Por fim, verificou-se a magnitude da relação existente entre os escores de eficiência calculados e as variáveis não discricionárias. Verificou-se que a média dos escores de eficiência após a exclusão dos municípios supereficientes (outliers) tornou-se maior (IC99%: 0.127; 0.213). Em média, os municípios paulistas são moderadamente ineficientes no tocante aos gastos com APS (ϴ = 0.488). Destaca-se que os municípios situados na faixa Leste do Estado de SP tendem a ter maiores níveis de eficiência e que a eficiência é inversamente proporcional ao tamanho populacional. O SUS possui notado subfinanciamento, mas há espaço para melhorias na gestão dos gastos e aumento da eficiência no serviço prestado.
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; eficiência; escores robustos; determinantes