Estudo descritivo, transversal e quantitativo (2020) - SILVA, R. C. et al.
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O domínio psicológico obteve o menor escore. A saúde mental dos estudantes possui direta relação com a qualidade de vida. Há alto índice de TMM com impactos na qualidade de vida. |
Deve-se provocar o meio acadêmico a refletir sobre os aspectos relacionados à qualidade de vida dos universitários da saúde, em especial da medicina, de modo a reconhecer a realidade que adoece e promover mecanismos educacionais de enfrentamento. |
Realização de mais estudos para a plena compreensão acerca da causalidade do sofrimento. Introdução nos currículos das discussões acerca da saúde mental do estudante e/ou profissional, de modo que se reconheça precocemente os limites e as ações de autocuidado ao longo da graduação. |
Estudo transversal (2020) - RIBEIRO, C. F. et al.
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Ansiedade e depressão são vistas como comuns em estudantes de Medicina. Os principais fatores associados são doenças psiquiátricas prévias, solidão, relações interpessoais problemáticas durante a formação. O risco de ansiedade aumenta com o fato de "se sentir sozinho". |
O reconhecimento prévio dos pontos de maior tensão na graduação, favorecerá a futura relação médico-paciente. |
Assistência psicológica ao longo do curso para minimizar os índices de depressão nos alunos e criação de estratégias educativas com núcleo de apoio. |
Estudo quantitativo epidemiológico, do tipo transversal (2020) - COSTA, D. S. et al.
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Estudantes dormem menos horárias que o necessário. O estigma dos cotistas também influencia o desenvolvimento de angústias. Os estudantes que já tinham acompanhamento psicológico ou psiquiátrico ao longo da vida tendem a apresentar maior grau de ansiedade e sintomas de estresse na fase de exaustão. |
Há uma clara necessidade de criação de serviços psicológicos para os estudantes do curso. O estudo destaca a importância das instituições de ensino superior de se comprometerem com o desenvolvimento integral dos seus alunos auxiliando em estratégias de enfrentamento. Tal atuação minimizará os impactos deletérios da formação sobre o profissional em construção. |
Fomentar ações de prevenção, mapeamento, acompanhamento e remediação dos fatores de sofrimento psíquico no curso. Desenvolvimento de programas de tutoria-mentoring para que os alunos se sintam mais apoiados e acolhidos na trajetória do curso. |
Estudo descritivo, transversal e quantitativo (2019) - GUEDES, A. F. et al.
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A prevalência de depressão foi de 52,8%. Revelou ainda que estudantes com maior vínculo com os professores possuem menor sofrimento psíquico. A maioria apresenta quadro depressivo leve. |
A escola médica e suas demandas se mostram fatores que podem precipitar sintomatologia depressiva. Além disso, alterações curriculares podem favorecer o equilíbrio mais eficaz da qualidade em saúde mental desses sujeitos, influenciando no futuro médico. |
Promover maior evidência e publicidade às ações de escuta e apoio nas instituições, correlacionando com recursos promotores de saúde, prevenindo a piora e agravamento dos sintomas. Fomentar ações de prevenção, mapeamento, acompanhamento e remediação dos fatores de sofrimento psíquico no curso. Assistência psicológica ao longo do curso para minimizar os índices de depressão nos alunos e criação de estratégias educativas com núcleo de apoio. Realização de mais estudos para a plena compreensão acerca da causalidade do sofrimento. |
Estudo transversal (2019) - GRETHER, E. O. et al.
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A maioria dos alunos afirmou a existência de cobrança pessoal (94,4%), pressão social (73,3%) e dos professores e profissionais da área (72,4%). Os resultados revelam que os alunos de medicina pertencem a um grupo mais vulnerável a situações estressantes. Além disso, a intensa demanda e a competição durante o processo de educação médica colabora para produzir mais estresse. O uso de álcool e outras drogas também se associa a presença de TMC. |
Torna-se fundamental que as universidades atentem para as atividades de promoção de saúde, juntamente com os serviços de saúde mental e apoio familiar, formando uma rede de suporte psicológico. 66% dos alunos indicam insatisfação com as horas de lazer, enquanto 87,2% revelaram que a carga horária de atividades acadêmicas é extensa. Por fim, o fato de os alunos em sofrimento mental usarem mais medicações psicoativas e mais álcool pode fornecer subsídios para ações de prevenção. |
Assistência psicológica ao longo do curso para minimizar os índices de depressão nos alunos e criação de estratégias educativas com núcleo de apoio. |
Estudo transversal (2019) - CALCIDES, D. A. P. et. al. |
Insatisfação com as estratégias de ensino e com o desempenho acadêmico. Uso de substâncias ilícitas. Alta prevalência de Síndrome de Burnout com fatores associados ao processo educacional. |
Não retratado. |
Realização de mais estudos para a plena compreensão acerca da causalidade do sofrimento. |
Estudo transversal, descritivo e exploratório (2019) - BÜHRER, B. E. et al.
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Grande parte dos alunos não dorme bem e não se sente descansada. Fatores como sono e alimentação saudável não possuem níveis adequados, sendo a saúde negligenciada em detrimento das atividades acadêmicas. |
Os futuros médicos que estarão na linha de frente do cuidado no futuro profissional, precisam de orientações acerca de uma vida mais saudável, permitindo conciliar atividades acadêmicas com o cuidado à saúde de modo que não influenciem negativamente a qualidade de vida. |
Orientar os estudantes universitários sobre a importância de um estilo de vida mais saudável e um treinamento para o manejo do tempo. |
Estudo transversal (2018) - MEDEIROS, M. R. B. et al.
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Alto nível patológico de sonolência diurna, perda da qualidade do sono, baixa qualidade de vida segundo os acadêmicos. No que tange ao gênero, as mulheres apresentam pioras na saúde mental em geral, inclusive maior propensão a TMC. Esgotamento profissional significativo. |
O texto ainda aborda que para assegurar a qualidade do curso e da assistência à saúde é desejável ter um profissional humanizado e que busque boas condições de saúde. Assim, torna-se essencial que as universidades discutam estratégias que visem à promoção de saúde e prevenção de agravos. |
Fomentar ações de prevenção, mapeamento, acompanhamento e remediação dos fatores de sofrimento psíquico no curso. |
Estudo transversal (2018) - GIL, I. et al.
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Elevada incidência de sintomas depressivos. Além disso, constatou-se uso contínuo de medicamentos, ausência de atividade física em 51%, fatigabilidade em 72% e insônia em 52%. |
Revela-se o surgimento de abuso de substâncias, a síndrome de sobrecarga de trabalho e do estresse profissional, sendo indicativo da necessidade de assistência psicológica para a plena formação desses indivíduos. |
Assistência psicológica ao longo do curso para minimizar os índices de depressão nos alunos e criação de estratégias educativas com núcleo de apoio. |
Estudo transversal (2017) - COSTA, E. F. O. et al.
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Fatores potencialmente associados a alta prevalência de TMC foram relacionados à formação médica, sendo necessário implantações de medidas preventivas. |
A revisão do processo educacional pode reduzir os danos causados pelo desenvolvimento dos TMC na saúde ocupacional. Além disso, estudar essas demandas pode ser útil para fornecer o suporte psicológico adequado a alunos e professores. |
Introdução nos currículos das discussões acerca da saúde mental do estudante e/ou profissional, de modo que se reconheça precocemente os limites e as ações de autocuidado ao longo da graduação. |
Estudo quantitativo epidemiológico, censitário e descritivo (2017) - ARAGÃO, J. C. S. et al.
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As menores prevalências se concentraram nos dois primeiros anos. Alta prevalência de TMC, com aumento no decorrer do curso - um possível efeito acumulativo. |
As instituições precisam reconhecer este cenário e compreender as necessidades de enfrentamento, fomentando ações de auxílio aos estudantes de modo que se gere melhores condições de trabalho e saúde mental para os profissionais e para o sistema de saúde como um todo, visto que esses fatores influem na qualidade do atendimento e do relacionamento com os pacientes. |
Fomentar ações de prevenção, mapeamento, acompanhamento e remediação dos fatores de sofrimento psíquico no curso. |
Estudo de corte transversal (2017) - DOS SANTOS, L.S. et al.
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As instituições de ensino superior devem refletir sobre as necessidades e condições de saúde que o ensino médico promove. Destaca-se que a formação em saúde é fator que predispõe para o adoecimento mental. Além disso, o menor domínio de qualidade de vida entre os estudantes com TMC foi o ambiente, seguido pelo psicológico. |
O estresse e a baixa qualidade de vida apontam o uso de drogras e alta prevalência de suicídio. Além disso, outros prejuízos inerentes à formação podem acarretar negligência para com os pacientes no futuro. |
Realização de mais estudos para a plena compreensão acerca da causalidade do sofrimento. |
Estudo transversal e comparativo (2017) - MOUTINHO, I. L. D. et al.
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Os achados mostram altos níveis de sintomas de ansiedade, depressão e estresse entre os pesquisados, com diferenças nos diferentes semestres. Além disso, os fatores como gênero e religiosidade também podem influenciar. |
Não retratado. |
Realização de mais estudos para a plena compreensão acerca da causalidade do sofrimento. |
Estudo transversal, não controlado, com abordagem quantitativa (2016) - DE OLIVEIRA, G. S. et al.
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A prevalência de depressão foi de 45,7%, maior que na população em geral. Associação entre a depressão e os fatores: desejo de mudar de curso, dificuldade no relacionamento com colegas e percepção negativa do ambiente. |
Espera-se que estratégias educativas possam melhorar a interação do estudante com o ambiente acadêmico, bem como desenvolver a saúde mental dessa população e facilitar a construção de um médico qualificado e seguro. |
Atividades que estimulem o equilíbrio emocional, como o yoga e atividades físicas em grupo. |
Estudo prospectivo (2016) - FERREIRA, C. M. G. et al.
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Alta prevalência de transtornos mentais comuns entre estudantes de medicina com aumento da prevalência de TMC do início para o final do semestre. Má qualidade do sono, pressão por grande quantidade de novas informações, prejuízos para a qualidade de vida. |
Essas informações contribuem para direcionar intervenções de prevenção e estratégias de suporte e enfrentamento do contexto oneroso. |
Assistência psicológica ao longo do curso para minimizar os índices de depressão nos alunos e criação de estratégias educativas com núcleo de apoio. |
Estudo transversal (2016) - LIMA, R. L. et al.
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Altos níveis de estresse moderado a grave encontrados na maioria dos estudantes dos ciclos básico e clínico e, consequentemente, prejudiciais à saúde deles. |
O estresse como potencializador de prejuízos para a relação entre médico e paciente. Entretanto, a relação com o rendimento acadêmico não ficou clara. Conclui-se que a formação que busca preservar, recuperar e promover a saúde dos pacientes não pode atentar tão intensamente contra a própria saúde. |
Fomentar ações de prevenção, mapeamento, acompanhamento e remediação dos fatores de sofrimento psíquico no curso. |
Estudo transversal (2015) - SERINOLLI, M. I. et al.
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O histórico prévio de ansiedade, pânico ou depressão são preditivos de piora na qualidade de vida dos acadêmicos, bem como aqueles que possuem família longe do local da faculdade. Há ainda um destaque à carga emocional exigida dos pacientes que procuram por auxílio. |
Reconhecer previamente as vulnerabilidades desse público, permite uma intervenção mais precoce e efetiva. Reforça-se que a medicina é a prestação de um serviço, necessitanto de um cuidado de qualidade para com a saúde do outro e por isso há uma necessidade de se discutir saúde mental dos profissionais em formação. |
Programas de desenvolvimento da resiliência e de melhoria da qualidade de vida. |
Estudo transversal (2014) - SILVA, A. G. et al.
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A prevalência de TMC no estudo foi de 44,9%. |
Faz-se necessário o desenvolvimento de programas de mentoring, serviços de apoio psicológico e desenvolvimento de propostas pedagógicas que minimizem os efeitos nocivos da formação sobre os futuros profissionais. |
Estratégias de ensino centradas no aluno, com pequenos grupos e com participação ativa do estudante em seu processo de aprendizagem, tornando o ambiente mais saudável. Avaliar o currículo para diminuir o impacto de algumas disciplinas, integrando-se ao fator subjetivo das relações pessoais de forma a aprimorar as transições de ciclos no curso. |
Estudo de coorte (2014) - ANDRADE, J.B. C. et al.
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O curso de medicina carrega responsabilidades sociais e técnicas desde o primeiro ano letivo, com uma carga horária e atividades mais densas. A relação entre professores e alunos, qualidade de ensino e fragmentação do saber corroboram para a precarização psíquica. A progressão do curso aumenta a prevalência do sofrimento e a grande maioria não procura ajuda. |
A graduação em medicina expõe os sujeitos estudantes a diversos fatores tensionais e a qualidade da escola e a segurança quanto a formação de qualidade são fatores que influenciam a saúde mental. Faz-se necessário que os currículos e os modelos de ensino levem em consideração a forma como o estudante lida com o processo de formação em seu contexto biopsicossocial. |
Equilíbrio entre as atividades extracurriculares e as horas de lazer, para que o aluno se sinta confiante com o mercado de trabalho no futuro. Avaliar o currículo para diminuir o impacto de algumas disciplinas, integrando-se ao fator subjetivo das relações pessoais de forma a aprimorar as transições de ciclos no curso. As escolas devem tornar seus serviços de apoio psicológico mais integrados à execução dos planos de ensino, focando nos últimos períodos e se estendendo às unidades de cumprimento do internato. |