CT-10 Apoio técnico da Sesab e dos NRS |
[...] o que se faz com quatro pessoas e dois computadores, e 417 municípios, desses 80 CEO? Como faz? O máximo que pode, desenvolvendo ações de educação permanente, entrando nesses espaços que, às vezes, a DAB promove, mas que, às vezes, extrapola a questão da atenção básica. Precisa falar de rede, a gente vai, mas não consegue dar conta. Porque a gente não consegue tá o tempo todo viajando. [...] porque a gente não faz só isso [...]. Além do monitoramento que o Ministério faz, [também] fazemos enquanto área técnica, [...] A gente faz monitoramentos trimestrais/quadrimestrais/semestrais de produção de CEO. Antecipamos a análise do Ministério e aí, a gente dá a nota no quantitativo de alcance de metas, [através] do sistema de informação. E a gente encaminha pra ele [município], então a gente tem muito péssimo, muito ruim, de produção, de alcance de metas, e que muitos justificam [...] (GE1). [...] responder pela região é uma coisa difícil e levando em consideração que a gente tem informações através de sistemas. A gente sabe se o CEO está funcionando, [mas] não tem assim, uma visita, [...] ir ao território pra saber como é que tá o desempenho. Primeiro a gente não tem pernas para isso, né? Porém [...] fazemos avaliações através do sistema de informação, e a gente sabe como é que tá mais ou menos aquela região [...] (GE2). [...] às vezes, tem muitos códigos que são revogados, então a gente perde isso, aí, quando a gente vai lançar, porque só fica sabendo depois, então assim, acho que [deveria ter] reuniões periódicas, orientações, [...] pra gente saber como é que é o fluxo de verdade, porque aqui o fluxo a gente só sabe a gente mesmo descobrindo (GM2). [...] a gente tá num momento que o estado tá diminuindo. Muita gente se aposentando. [...] quando era tempo da DIRES a gente tinha pessoas [...] de referência [para] saúde bucal, que iam fazer o apoio. [...] Tinha algumas pessoas, que você contava, [mas] alguns núcleos, hoje, nem todos têm. Então, fica complicado. Às vezes, é uma pessoa no núcleo pra fazer tudo - pra fazer nutrição, fazer saúde bucal, fazer isso, fazer aquilo; e sobrecarrega. Então, tá com déficit de dentistas nos núcleos (GE3). [...] quem atua diretamente no CEO é o nível central da SESAB, que monitora todos os CEO da Bahia. A gente [NRS] como é a atenção básica, era mais as equipes de saúde bucal. [...] porque lá [Sesab] a saúde bucal tá dividida em duas: tem uma parte que é na DGC que é a parte de saúde bucal, que é de média complexidade e alta complexidade, e tem a saúde bucal da atenção básica que fica na DAB. A gente aqui mesmo era mais ligado à DAB. [...] assim, quem monitora mesmo essas questões [especialidades] é o nível central. [...] fiquei na saúde bucal aqui [por] onze anos, fui chamada em Salvador pra uma reunião lá uma única vez, [...] vêm aqui uma vez ou outra, fazer uma supervisãozinha, tanto que não tenho muito contato [...] então é assim, é apagando incêndio, sabe? Quando tem alguma coisa de mais urgente. Nessa época mesmo, de Cândido Sales, se não me engano tava prestes a descredenciar. Aí, vieram tentar ajudar pra não descredenciar (GE4). |
CT-11 Monitoramento dos CEO pela Sesab/NRS |
[...] o estado focou muito nessa questão do monitoramento. Ele ver muito assim: o Ministério custeia o serviço; manda mensalmente, e esse custeio é baseado nas produções, têm metas de produção pra cumprir. Eles têm X números de canais pra fazer, X cirurgias e tal. E aí, essa ação do monitoramento vinha sendo, há muitos anos, apenas quantitativa, e, muitas vezes, as áreas técnicas estaduais eram convidadas a fazer visitas de monitoramento pra ver como é que estavam as instalações físicas, a questão da adequação visual do Brasil Sorridente, e tal... mas nada disso era levado em conta se não cumprisse as metas. Então, o quantitativo era sempre levado em consideração. Claro, questões bem gritantes, a gente ou a auditoria fazia o relatório e o CEO era descredenciado, mas fora isso, avaliação e monitoramento de CEO era sempre feita por meio de sistema informação [...] (GE1). [...] os projetos são engavetados, porque a gente não consegue estar nos espaços discutindo e tal, [...] é muito doído ver uma gestão inteira do município passar e não conhecer a gente. “Nem sabia que tinha uma área técnica na Sesab.” Então, a gente faz o que pode, vou pra Brasília representar a saúde bucal do estado. Aí, recebo um monte de informação. Primeira coisa que faço, sento com os colegas e passo tudo [...] peço a DAB um dia, quando tiver reunião de colegiado, dos apoiadores, senta todos os apoiadores, de todas as regiões e digo o que saiu da saúde bucal, mostro pra eles (GE1). A gente fazia viagens, às vezes, passava quinze dias, por macro [...] Onde tinha CEO, a gente ia. Passava quinze dias, mas depois, devido a contenção de despesa, foi diminuindo. Pra gente ver essas experiências, [...] é necessário ir em campo (GE2). [...] aqui tá defasado, não tem como acompanhar a parte de atenção básica e, ainda mais, o CEO, porque simplesmente é impossível, entendeu? [...] o que tá acontecendo, as pessoas envelhecendo, aposentando, e cada vez mais a equipe tá sumindo. A gente fica muito tempo aqui apagando incêndio, se chega uma pessoa pedindo ajuda, pedindo o apoio em alguma coisa a gente vai, mas a gente fazer uma agenda de apoio, de ficar acompanhando, a gente não tem condições (GE4). |