Resumo
O artigo objetiva relacionar as possibilidades de produção de subjetividade singularizada no serviço de CAPS de Alegrete-RS, entendendo-se a necessidade de identificar as aproximações e distanciamentos das práticas desenvolvidas e dos objetivos propostos a partir da reforma psiquiátrica nesse serviço. Utilizou-se a modalidade de estudo de caso com abordagem qualitativa descritiva e analítica. Foram efetuadas entrevistas semiestruturadas com 11 usuários e 21 trabalhadores e observação participante, perfazendo um total de 253 horas. Encontraram-se nos espaços do serviço aspectos de inovação nas práticas e dinâmicas propostas para pensar, criar e resistir, potencializando a subjetivação e os processos de singularização das pessoas envolvidas na atenção psicossocial. As relações construídas mobilizam para o desenvolvimento de múltiplos recursos individuais, coletivos e sociais para um modo singular de viver em sociedade, com respeito às diferenças, aos desejos, aos modos de relação e de concepção de mundo.
Palavras-chave:
saúde mental; atenção psicossocial; subjetividade; processos de singularização