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Conhecimento científico e problemas de saúde. Uma doença emergente na Argentina, a síndrome hemolítico-urêmica

O artigo analisa a relação entre a produção do conhecimento científico e uma doença infantil chamada síndrome hemolítico-urêmica. Nosso objetivo é enfatizar a forma em que a ciência biomédica constrói uma maneira de "olhar" e definir os problemas sociais, que neste caso é um problema da saúde que afeta, principalmente na Argentina, a população com menos de cinco anos de idade, e como a partir destas características objetivas definidas pela biomedicina a saúde pública sustentou formas de abordar e intervir sobre o assunto. A partir de uma metodologia qualitativa, o levantamento de dados foi realizado através de um conjunto de técnicas que incluiu a análise de fontes secundárias como a revisão de artigos científicos sobre a doença, entrevistas semiestruturadas com cientistas e funcionários públicos a observação direta dos debates em conferências sobre as propostas de intervenção para controlar e prevenir a doença. Apresentam-se as principais características a biomedicina na compreensão da doença e em seguida analisa-se sua implicação no desenho de políticas de saúde. A política de planejamento seguiu a lógica da produção do conhecimento científico. Novas descobertas foram ocorrendo ao longo do tempo e mudaram quase linearmente o desenho de políticas, de modo a prevenir e controlar a doença.

conhecimento científico; paradigma epidemiológico; políticas de saúde; síndrome hemolítico-urêmica


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