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Psicologismo e mudança social

Psychologisme et changement social

Psychologism and social change

Resumos

Trata-se de uma discussão de parte da literatura antropológica e sociológica acerca da recente modernização da família brasileira, desde um modelo hierárquico para uma organização igualitária. Enfatizamos a importância de que sejam considerados, na análise desse processo, os efeitos das mudanças na 'culturapsicanalítica' que entendemos como parte indissociável do imaginário da modernização social.


Ce texte analyse une partie de la littérature anthropologique et sociologi-que qui traite de la modernisation récente de la famille brésilienne, laquelle est passée d'un modèle hierarchisé à un modèle basé sur une organisation éga-litaire. L'auteur souligne unpointimportant pour l'analyse de ce processus: que soient pris en considération les effets des changements survenus dans la culture psychanalytique car, selon lui, celle-ci constitue une partíe inséparable de Fimaginaire de la modernisation sociale


The text offers a discussion of part of the anthropological and sociological literature concerning the recent modernization of the Brazilian family, moving away firom a hierarchical model and toward egalitarian organization. In analyz-ing this process, it is important to take into account the effects of these changes on psychoanalytical culture, which the author sees as an indissoluble part of the imagery of social modernization.


Psicologismo e mudança social

Psychologism and social change

Psychologisme et changement social

Tânia Coelho dos Santos

Professora da Faculdade de Filosofia Santa Úrsula, doutora pela PUC/RJ e psicanalista

RESUMO

Trata-se de uma discussão de parte da literatura antropológica e sociológica acerca da recente modernização da família brasileira, desde um modelo hierárquico para uma organização igualitária. Enfatizamos a importância de que sejam considerados, na análise desse processo, os efeitos das mudanças na 'culturapsicanalítica' que entendemos como parte indissociável do imaginário da modernização social.

ABSTRACT

The text offers a discussion of part of the anthropological and sociological literature concerning the recent modernization of the Brazilian family, moving away firom a hierarchical model and toward egalitarian organization. In analyz-ing this process, it is important to take into account the effects of these changes on psychoanalytical culture, which the author sees as an indissoluble part of the imagery of social modernization.

RESUME

Ce texte analyse une partie de la littérature anthropologique et sociologi-que qui traite de la modernisation récente de la famille brésilienne, laquelle est passée d'un modèle hierarchisé à un modèle basé sur une organisation éga-litaire. L'auteur souligne unpointimportant pour l'analyse de ce processus: que soient pris en considération les effets des changements survenus dans la culture psychanalytique car, selon lui, celle-ci constitue une partíe inséparable de Fimaginaire de la modernisation sociale.

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1 Pois, como observa Lacau (LACAN J..A Ética da Psicanálise, Zahar, Rio de Janeiro, 1988, p. 56) sobre um trecho do Projeto onde Freud se refere à ação especifica: "Há aqui lodo um trecho extenso que terei oporluu idade de retomar e de extrair o sumo para vocês, Não há comentário mais vivo dessa margem tão inerente à experiência humana, dessa distância que é manifesta no homem entre a articulação do anseio e o que ocorre quando o desejo toma o caminho de realizar-se. Freud articula o porquê de haver sempre aí algo que está muito longe da satisfação, equenão comporta as características buscadas na ação específica. Eele termina com a palavra — creio que é a última de seu ensaio — de qualidade monótona. Eui relação a tudo que o sujeito persegue, o que pode produzir-se no âmbito da descarga motora tem sempre o caráter reduzido,"

2 FIGUEIRA S.A., "Uma visão do mundo brasileiro". Jornal do Brasil, 20 de dezembro de 1981.

3 FIGUEIRA S.A., "Modernização da famíliaedesorientação; amadas raízes do psicologismo no Brasil," io Cultura dti psicanálise. Brasiliense, São Paulo, 1985.

4 Esta via apresentaria um contorno para a difícil questão das implicações da difusão psicanalítica, com uma concepção de sujeito que não é intérprete e sim suporte passivo da ação explicativa do analista. Por esse caminho acreditamos que o que Figueira toma como o sujeito nos anos 50 é o efeito de uma captação do sujeito engendrada na aurora do processo de difusão das psicologias em geral, quando uma certa versão pedagógica desses saberes se articulou ao imaginário social, destituindo-o de suas nuances e produzindo um discurso reificador dos ideais desse período,

5 NICOLACI DA COSTA A.M., "Mal-estar na família: descontinuidade e conflito entre sistemas simbólicos," in: Cultura da Psicanálise, São Paulo, Brasiliense, 1985.

6 É a linguagem psicológica e não ou traque sc instala, como efeito do desmapeamento, porque do nosso pouto de vista, desde cedo, a modernização social se propaga cm associação com a difusão das psicologias ou, mais precisamente, da psicanálise. O desmapeamento e o psicologismo são absolutamente coesos e contemporâneos,

7 FIGUEIRA S.A., "Uma visão do mundo brasileiro". Jornal do Brasil, 1981.

8 Essa formulação contrasta com a que propusemos acima. Não porque não creditemos ao psicologismo as funções admitidas por Figueira, e sim porque não menciona o que nos parece central na produção do fenômeno. O psicologismo é um dos modos de expressão historicamente contextuado porque absolutamente dependente da difusão de um certo saber, a psicanálise -de uma demanda de sentido que supomos universal. Se não assumimos com a teoria psicanalítica a impossibilidade da unificação plena do eu, em razão do funcionamento do inconsciente e dos destinos da pulsão, como é possível emergir uma tal representação de sujeito que é uma 'identidade idiossincrática'?

9 FIGUEIRA S.A., "O 'moderno' e o 'arcaico' tia nova família brasileira: notas sobre a dimensão invisível da mudança social," ín Uma Nova Família: Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1987.

10 De acordo cora Figueira: "Primeiramente, é possível distinguir dois tipos de regra: de primeiro grau e de segundo grau. Um exemplo de regra de primeiro grau: no sinal vermelho, pare; no sinal verde, ande. Esse tipo dc regra emana de uma autoridade exterior ao sujeito que incide sobre ele vinda de fora, determinando de fora o que ele deve fazer (deixando portanto em aberto a possibilidade do sujeito se rebelar, desviar da norma ou se contrapor à autoridade). Esta instância externa é, naturalmente, interiorizada, agindo dentro do sujeito como um externo-interno, como uma instância que o controla masque pode ser manipulada, controlada e isolada ela própria, A regra de primeiro grau define o conteúdo do comportamento do sujeito (pare, ande), e este conteúdo tende a ser relativamente fixo. Entre a regra, o sinal e o comportamento tende a haver uma correlação, e a regra, com suas autoridades e dispositivos disciptmares, se realiza naquilo que é mais visível, em geral o comportamento. As regras de primeiro grau. que dão Ênfase aos 'códigos', são fundamentais paia o ideal de família hierárquica. Regras deste tipo engendram um imaginário moral dicotômico e maniqueísta, com noções claras de certo e errado associadas a definições razoavelmente nítidas de desvio. Esse imaginário moral baseia-se num imaginário espacial que distingue de modo simplista dentro e fora de categorias que são percebidas como mlnnsecamente diferentes (por exemplo, homens com comportamento efeminado são desviantes porque, ao subverterem os marcadores visíveis da identidade masculina, não cabem nessa categoria e nem, obviamente, na categoria das mulheres). (FIGUEIRA S. A., "o 'moderno' eo 'arcaico' na nova família brasileira: no Ias sobre a dimensão invisível da mudança social", op. cit., p. 25.)

11 De acordo com o autor: "A regra de segundo grau pode ser entendida a partir do seguinte exemplo: no sina], quer ele esteja verde ou vermelho, pense e decida. Essa regra, que emana do exterior do sujeito, não define o que ele deve fazer, mas determina que um certo procedimento ou mecanismo de que o sujeito é capaz (pensar) entre em campo para decidir qual o melhor caminho a seguir. A possibilidade de rebeldia e confronto com uma instância externa ou interna é diminuída, pois essa tática de persuasão faz uma função e o próprio interesse do sujeito trabalharem a favor da regra, num processo que écaucionado pelaprópria idéia de liberdade. A regra de segundo grau não define, então, um comportamento com conteúdo fixo e visível, mas incide no sujeito, no que é mais invisível, deixando a ele o direito de opção, que pode levar a comportamentos com conteúdos bastante variáveis. As regras de segundo grau, ao darem ênfase ao sujeito e não ao código (FOUCAULT M., 1984) são fundamentais para o ideal de família igualitária. Regras desse tipo engendram um imaginário moral com mais espaços para negociação, variação e, dentro de certos limites, relativização do desvio. Este imaginário moral, por estar associado a categorias cujas fronteiras não são mais percebidas como intrínsecas, acaba tendo como eixo apropria idéia de ligação, princípio universal, o indivíduo. No contexto das regras de segundo grau, a imoralidade é contrariar os princípios da ideologia individualista: respeito, igualdade, direito ao auto-desenvolvimento etc." (FIGUEIRA S.A., "O 'moderno' eo 'arcaico' na nova família brasileira: notas sobre a dimensão invisível de mudança social", op. cit., p. 26).

12 FIGUEIRA S. A., "Modernização dafamflia e desorientação: umadas raízes do psieologismo no Brasil", in Cultura da Psicanálise, São Paulo, Brasilieuse, 1985; e "Difusão cia psicanálise no público brasileiro: o caso do Rio de Janeiro", projeto de pesquisa, CNPQ, PUC/RJ, 1985.

13 FIGUEIRA S.A., op. c/r., 1985, p. 143.

14 FIGUEIRA S.A., op. ca., 1985, p. 144.

15 Quer dos parecer que Freud é bem claro quanto à natureza dos ideais do eu: "Esse ego ideal é agora alvo do amor de si mesmo (self-love) desfrutado na infância pelo ego real. O narcisismo do indivíduo surge deslocado em direção a esse novo ego ideal, o qual, como o ego infantil, se acha possuído de toda perfeição de valor. Como acontece sempre que a libido está envolvida, mais uma vez aqui o homem se mostra incapaz de abrir mão de uma satisfação de que outrora desfrutou. Ele não está disposto a renunciar à perfeição narcisista de sua infância; e quando, ao crescer, se vê perturbado pelas admoestações de terceiros e pelo despertar de seu próprio julgamento crítico, de modo a não mais poder reter aquela perfeição, procura recuperá-la sob a nova forma de ura ideal do ego. O que ele projeta diante de si como sendo seu ideal é o substituto do narcisismo perdido de sua infância, na qual ele era o seu próprio ideal." (FREUD S., Sobre uma introdução ao narcisismo, vol, XV, ESB, 1914, p. 111).

16 FREUD S., Sobre uma introdução ao narcisismo, op, ciu, 1914, p. 112,

19 SALEM T., "A trajetória do 'casal grávido'; de sua constituição à revisão do seu projeto", iu Cultura da Psicanálise, São Paulo, Brasiliense, 1985.

20 FIGUEIRA S.A., "O 'moderno' e o 'arcaico' na nova família brasileira: notas sobre a dimensão invisível da mudança social", op. cit„ 1987, p. 29.

21 MENDES DB ALMEIDA M.I., "A 'nova maternidade'; uma ilustração das ambigüidades no processo de modernização da família", in Uma nova família. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1986.

22 LO BIANCO A.C., "A psicologização do feto", in Cultura da Psicatuílise. São Paulo, Brasiliense, 1985.

23 SALEM T., "A trajetória do 'casal grávido': de sua constituição à revisão do seu projeto", op. cit., 1985.

24 Quando apresentamos a cultura psicanalítica nos termos desses autores que a ela se referem como uma 'ideologia individualista', não queremos cora isso dizer que a teoria psicanalítica do sujeito é uma leoria individualista, de vez que o sujeito para esta teoria justamente não é 'indivíduo', Queremos nos referir ao imaginário engendrado pela cultura psicanalítica, que é individualista por oposição a bolisia ou a hierárquico, e apenas nesse sentido específico aceitamos os termos dos autores que tratam do psicologismo como um discurso individualista.

  • 1 Pois, como observa Lacau (LACAN J..A Ética da Psicanálise, Zahar, Rio de Janeiro, 1988, p. 56) sobre um trecho do Projeto onde Freud se refere à
  • ação especifica: "Há aqui lodo um trecho extenso que terei oporluu idade de retomar e de extrair o sumo para vocês, Não há comentário mais vivo dessa margem tão inerente à experiência humana, dessa distância que é manifesta no homem entre a articulação do anseio e o que ocorre quando o desejo toma o caminho de realizar-se. Freud articula o porquê de haver sempre aí algo que está muito longe da satisfação, equenão comporta as características buscadas na ação específica. Eele termina com a palavra creio que é a última de seu ensaio de qualidade monótona. Eui relação a tudo que o sujeito persegue, o que pode produzir-se no âmbito da descarga motora tem sempre o caráter reduzido," 2 FIGUEIRA S.A., "Uma visão do mundo brasileiro". Jornal do Brasil, 20 de dezembro de 1981.
  • 3 FIGUEIRA S.A., "Modernização da famíliaedesorientação; amadas raízes do psicologismo no Brasil," io Cultura dti psicanálise. Brasiliense, São Paulo, 1985.
  • 4 Esta via apresentaria um contorno para a difícil questão das implicações da difusão psicanalítica, com uma concepção de sujeito que não é intérprete e sim suporte passivo da ação explicativa do analista. Por esse caminho acreditamos que o que Figueira toma como o sujeito nos anos 50 é o efeito de uma captação do sujeito engendrada na aurora do processo de difusão das psicologias em geral, quando uma certa versão pedagógica desses saberes se articulou ao imaginário social, destituindo-o de suas nuances e produzindo um discurso reificador dos ideais desse período, 5 NICOLACI DA COSTA A.M., "Mal-estar na família: descontinuidade e conflito entre sistemas simbólicos," in: Cultura da Psicanálise, São Paulo, Brasiliense, 1985.
  • 6 É a linguagem psicológica e não ou traque sc instala, como efeito do desmapeamento, porque do nosso pouto de vista, desde cedo, a modernização social se propaga cm associação com a difusão das psicologias ou, mais precisamente, da psicanálise. O desmapeamento e o psicologismo são absolutamente coesos e contemporâneos, 7 FIGUEIRA S.A., "Uma visão do mundo brasileiro". Jornal do Brasil, 1981.
  • 8 Essa formulação contrasta com a que propusemos acima. Não porque não creditemos ao psicologismo as funções admitidas por Figueira, e sim porque não menciona o que nos parece central na produção do fenômeno. O psicologismo é um dos modos de expressão historicamente contextuado porque absolutamente dependente da difusão de um certo saber, a psicanálise -de uma demanda de sentido que supomos universal. Se não assumimos com a teoria psicanalítica a impossibilidade da unificação plena do eu, em razão do funcionamento do inconsciente e dos destinos da pulsão, como é possível emergir uma tal representação de sujeito que é uma 'identidade idiossincrática'? 9 FIGUEIRA S.A., "O 'moderno' e o 'arcaico' tia nova família brasileira: notas sobre a dimensão invisível da mudança social," ín Uma Nova Família: Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1987.
  • 10 De acordo cora Figueira: "Primeiramente, é possível distinguir dois tipos de regra: de primeiro grau e de segundo grau. Um exemplo de regra de primeiro grau: no sinal vermelho, pare; no sinal verde, ande. Esse tipo dc regra emana de uma autoridade exterior ao sujeito que incide sobre ele vinda de fora, determinando de fora o que ele deve fazer (deixando portanto em aberto a possibilidade do sujeito se rebelar, desviar da norma ou se contrapor à autoridade). Esta instância externa é, naturalmente, interiorizada, agindo dentro do sujeito como um externo-interno, como uma instância que o controla masque pode ser manipulada, controlada e isolada ela própria, A regra de primeiro grau define o conteúdo do comportamento do sujeito (pare, ande), e este conteúdo tende a ser relativamente fixo. Entre a regra, o sinal e o comportamento tende a haver uma correlação, e a regra, com suas autoridades e dispositivos disciptmares, se realiza naquilo que é mais visível, em geral o comportamento. As regras de primeiro grau. que dão Ênfase aos 'códigos', são fundamentais paia o ideal de família hierárquica. Regras deste tipo engendram um imaginário moral dicotômico e maniqueísta, com noções claras de certo e errado associadas a definições razoavelmente nítidas de desvio. Esse imaginário moral baseia-se num imaginário espacial que distingue de modo simplista dentro e fora de categorias que são percebidas como mlnnsecamente diferentes (por exemplo, homens com comportamento efeminado são desviantes porque, ao subverterem os marcadores visíveis da identidade masculina, não cabem nessa categoria e nem, obviamente, na categoria das mulheres). (FIGUEIRA S. A., "o 'moderno' eo 'arcaico' na nova família brasileira: no Ias sobre a dimensão invisível da mudança social", op. cit., p. 25.) 11 De acordo com o autor: "A regra de segundo grau pode ser entendida a partir do seguinte exemplo: no sina], quer ele esteja verde ou vermelho, pense e decida. Essa regra, que emana do exterior do sujeito, não define o que ele deve fazer, mas determina que um certo procedimento ou mecanismo de que o sujeito é capaz (pensar) entre em campo para decidir qual o melhor caminho a seguir. A possibilidade de rebeldia e confronto com uma instância externa ou interna é diminuída, pois essa tática de persuasão faz uma função e o próprio interesse do sujeito trabalharem a favor da regra, num processo que écaucionado pelaprópria idéia de liberdade. A regra de segundo grau não define, então, um comportamento com conteúdo fixo e visível, mas incide no sujeito, no que é mais invisível, deixando a ele o direito de opção, que pode levar a comportamentos com conteúdos bastante variáveis. As regras de segundo grau, ao darem ênfase ao sujeito e não ao código (FOUCAULT M., 1984) são fundamentais para o ideal de família igualitária. Regras desse tipo engendram um imaginário moral com mais espaços para negociação, variação e, dentro de certos limites, relativização do desvio. Este imaginário moral, por estar associado a categorias cujas fronteiras não são mais percebidas como intrínsecas, acaba tendo como eixo apropria idéia de ligação, princípio universal, o indivíduo. No contexto das regras de segundo grau, a imoralidade é contrariar os princípios da ideologia individualista: respeito, igualdade, direito ao auto-desenvolvimento etc." (FIGUEIRA S.A., "O 'moderno' eo 'arcaico' na nova família brasileira: notas sobre a dimensão invisível de mudança social", op. cit., p. 26). 12 FIGUEIRA S. A., "Modernização dafamflia e desorientação: umadas raízes do psieologismo no Brasil", in Cultura da Psicanálise, São Paulo, Brasilieuse, 1985;
  • e "Difusão cia psicanálise no público brasileiro: o caso do Rio de Janeiro", projeto de pesquisa, CNPQ, PUC/RJ, 1985.
  • 13 FIGUEIRA S.A., op. c/r., 1985, p. 143. 14 FIGUEIRA S.A., op. ca., 1985, p. 144. 15 Quer dos parecer que Freud é bem claro quanto à natureza dos ideais do eu: "Esse ego ideal é agora alvo do amor de si mesmo (self-love) desfrutado na infância pelo ego real. O narcisismo do indivíduo surge deslocado em direção a esse novo ego ideal, o qual, como o ego infantil, se acha possuído de toda perfeição de valor. Como acontece sempre que a libido está envolvida, mais uma vez aqui o homem se mostra incapaz de abrir mão de uma satisfação de que outrora desfrutou. Ele não está disposto a renunciar à perfeição narcisista de sua infância; e quando, ao crescer, se vê perturbado pelas admoestações de terceiros e pelo despertar de seu próprio julgamento crítico, de modo a não mais poder reter aquela perfeição, procura recuperá-la sob a nova forma de ura ideal do ego. O que ele projeta diante de si como sendo seu ideal é o substituto do narcisismo perdido de sua infância, na qual ele era o seu próprio ideal." (FREUD S., Sobre uma introdução ao narcisismo, vol, XV, ESB, 1914, p. 111).
  • 16 FREUD S., Sobre uma introdução ao narcisismo, op, ciu, 1914, p. 112, 19 SALEM T., "A trajetória do 'casal grávido'; de sua constituição à revisão do seu projeto", iu Cultura da Psicanálise, São Paulo, Brasiliense, 1985.
  • 20 FIGUEIRA S.A., "O 'moderno' e o 'arcaico' na nova família brasileira: notas sobre a dimensão invisível da mudança social", op. cit„ 1987, p. 29. 21 MENDES DB ALMEIDA M.I., "A 'nova maternidade'; uma ilustração das ambigüidades no processo de modernização da família", in Uma nova família. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1986.
  • 22 LO BIANCO A.C., "A psicologização do feto", in Cultura da Psicatuílise. São Paulo, Brasiliense, 1985.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Out 2011
  • Data do Fascículo
    1991
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