A nova genética apontaria para uma nova era da metamorfose do humano, que seria marcada pelo protagonismo desse na seleção e aperfeiçoamento da sua natureza. Assim, o human enhancement tornaria-se uma realidade antropotécnica tangível. Esse artigo, inserido em uma pesquisa do campo da Ethics of Enhancement Human Beings, pretende excogitar um novo conceito para compreender nuances da chamada Genetic Age até agora aparentemente negligenciadas por outros dois conceitos já disponíveis, a saber, biopolítica e biossociabilidade. Para tanto, recorremos à revisão de parte da bibliografia sobre o tema e à análise e crítica desses conceitos, os quais focalizam a temática fundamentalmente através das noções de gestão de riscos e promoção da vida saudável. O objetivo foi apontar a parcial pertinência da grade de inteligibilidade fornecida por eles para compreender a nova genética. Destarte, apresentamos o conceito de biodesign como uma alternativa complementar. Com ele, esperamos oferecer, introdutoriamente, um conceito que apreenda, sobretudo, o que as possibilidades de artificialização da vida humana representam para além de uma nova forma de gestão de riscos/promoção da saúde.
Nova genética; gestão de riscos; biopolítica; biossociabilidade; biodesign