I. Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação, ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-Nascido |
Manutenção dos atendimentos às gestantes, puérperas e recém-nascidos. |
E3: “Só atrapalhou um pouquinho as consultas, mas a gente já tá atendendo todo mundo normalmente. Normalmente assim, né, com os atendimentos de 30 em 30 minutos.” E4: “A gente tem uma comunicação com as maternidades e a gente estava perdendo muito retorno puerperal, consulta ao RN, o acompanhamento, então foi feita uma agenda no drive onde as Unidades Básicas têm um acesso a essa agenda, a maternidade já faz o agendamento do retorno puerperal e o do recém-nascido na Unidade Básica que essa puérpera é referência.” |
Suspensão dos atendimentos em grupos |
E3: “Em vez de fazer os grupos, eu estava atendendo individualmente nas orientações; eu faço grupo de Shantala, mas aí eu estava atendendo individual, fazendo com a gestante (...)” |
Redução da oferta de exames e consultas com especialistas |
E4: “No início também a gente teve um pouco de oferta de ultrassom que também reduz por conta desses profissionais, até você alocar, colocar profissional para fazer esse atendimento, então a gente teve uma diminuição no início, mas nunca cessou a oferta para gestante nem nas maternidades, então a gente nunca teve cessação do serviço para gestante.” E4: “A gente tem dificuldade ainda com o serviço que é a CROSS [Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde], que é aquele que dá os agendamentos especializados, um exemplo: um endocrinologista para uma gestante, a gente ainda tem dificuldade porque as ofertas do estado, dessas vagas, diminuíram e algumas ofertas não se tem no serviço de rede para você conseguir vagas, então a gente acaba suprindo ou com outro especialista ou aquele que vai atender aquela demanda ali, que é mínima, não é aquela coisa exorbitante o número, mas a gente procura sanar essa necessidade de um outro jeito. Mas a gente conseguiu manter aí os atendimentos de especialistas para elas.” |
I. Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação, ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-Nascido |
Atendimento domiciliar para gestantes e puérperas com Covid-19 |
E4: “Então a equipe de saúde daquele território fazia visita a essa mãe, a esse recém-nascido, a essa puérpera em domicílio, as orientações e se necessário a vacinação do recém-nascido também em domicílio e fazia todo esse acompanhamento.” E9: “Quero até salientar que a gente tá monitorando as pacientes positivas gestantes, e daí, a gente tá bem preocupada com elas, a gente conversa bastante, fala da importância de elas estarem consultando os médicos, e nós estamos monitorando elas diariamente, então estamos bem próximas das pacientes positivas por isso mesmo, mas elas estão conseguindo ir nas consultas normalmente. Não foi interrompido nada, estão atendendo normalmente”. |
Diminuição da procura de atendimentos |
E6: “Diminuiu” (em relação aos atendimentos de puericultura e pré-natal). |
II. Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável |
Suspensão dos grupos |
E4: “a gente não conseguiu efetuar os nossos grupos com efetividade durante a pandemia, então a maioria das nossas orientações em todas as Unidades Básicas foi individual, então a gente teve uma queda muito grande desses grupos, dessas atividades, então afetou mesmo bastante” |
Manutenção dos atendimentos de forma remota (whatsapp e telefone) |
E3: “Agora elas estão voltando para a rua, mas, no começo, era pelo WhatsApp e qualquer problema que elas tinham, qualquer sintoma, ela ligava na unidade para falar comigo. Aí, se necessário, eu pedia para virem até a unidade, se não, eu dava orientação por telefone para elas resolverem em casa o que dava pra ser resolvido.” |
III. Promoção e Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento Integral |
Interrupção e alteração nas consultas de acompanhamento das crianças |
E3: “Os três primeiros meses a gente não conseguiu, né, a gente estava atendendo mais emergência. Mas... Acho que depois do 4º mês a gente já retornou aos poucos, trazendo as crianças aos poucos para a consulta com um intervalo maior.” |
Manutenção dos atendimentos do NASF de forma remota |
E2: “então eu desenvolvi algumas estratégias de mandar o arquivo para eles gravarem a fala da criança, vídeos, chamada de vídeo... orientações por escrito, por áudio para tirar dúvidas... Então eu fui monitorando essas crianças.” E4: “Então a gente teve bastante atendimentos, principalmente o nosso núcleo de apoio que é o NASF, que visa o atendimento grupal, então a gente teve que se reinventar e fazer atendimento individual e muitos foram pela internet.” |
Alteração nos atendimentos realizados pelo CAPS |
E7: “a gente manteve no período de crise, realmente, de pico da pandemia, que foi março, abril e maio, até o comecinho de junho, esses contatos semanais com todos os clientes mesmo. E a partir desse período... a gente passa a reacolher essas famílias em atendimentos esporádicos porque nossos atendimentos, eles são especificamente em grupos, porque os CAPS existem para trabalhar a sociabilidade dessas pessoas que tem algum transtorno mental, desculpa falar assim, mas algum transtorno mental, que prejudique esse tipo de habilidade, porém... a gente não podia fazer nenhum tipo de agrupamento, nem duas pessoas podiam estar juntas.” |
Efeito na convivência familiar |
E2: “Tem a população muito simples que parece que está tudo bem, mas na interação em casa está difícil, é muita gente, tem que organizar, cuidar deles, da hora de almoço, brincadeira... As atividades mais as da criança, eles ficam muito mais com os pais... (...)” |
III. Promoção e Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento Integral |
Efeito no comportamento, desenvolvimento e na saúde mental das crianças. |
E2: “(...) As crianças ficam mais irritadas, já teve relatos de pais que falam “olha, meu filho está chorando mais, está medroso, está muito apegado... Uma mãe já relatou que a partir daí a criança voltou a dormir com eles, com os pais... Chora para sair de casa... Então eles não compreendem, eles não têm essa compreensão da dimensão, né, então o comportamento da criança muda; eu percebi a partir dos relatos que não está fácil estar com as crianças em casa.” E2: “(...) Então é muito comum as mães falarem “olha, meu filho tá atrasado na fala com dois anos e dez meses - mas a criança não foi pra creche, entrou na creche e já fechou, não convive mais com os parentes, com os primos, não vai a parques, não sai, então os pais ficam em um atendimento ali - às vezes trabalham em casa, né. Trabalhando em casa, a criança não tem com quem ficar, então fica mais na TV, mais no celular... O que não é recomendado para criança pequena, né. Então eu percebo que teve prejuízo grande em relação ao desenvolvimento de linguagem e de fala.” |
IV. Atenção Integral a Crianças com Agravos Prevalentes na Infância e com Doenças Crônicas |
Efeitos na imunização |
E3: “A vacinação a gente não parou. A gente começou a fazer vacinação ao ar-livre, colocaram uma tenda em todas as UBS e a gente fazia vacinação ao ar livre, com distanciamento, e não paramos; a vacina não parou. Tivemos vacina domiciliar, também.” E3: “Fizemos o drive [drive thru] também, as pessoas não saíam do carro e a gente vacinava dentro do carro.” |
Mudanças e intensificação do atendimento domiciliar para crianças com doenças crônicas |
E3: “A estratégia foi fazer a vacina em casa e atendimento em casa, só vinha para a UBS se fosse uma urgência mesmo, e o que não dava para a gente ir na casa - porque o que deu pra gente fazer domiciliar a gente fez.” |
Dificuldade de manutenção do fluxo na atenção especializada |
E3: “Na verdade, referência, faltou referência e parou, né, na Covid, né... Os médicos especializados eles pararam o atendimento.” |
V. Atenção Integral à Criança em Situação de Violências, Prevenção de Acidentes e Promoção da Cultura de Paz |
Articulação com CREAS para atendimento de casos de violência em crianças |
E8: “(...) então devido a pandemia, devido ao local ainda não adequado pra atender criança, a gente tá articulando junto com o CREAS esses atendimentos, né?” |
Monitoramento remoto (via telefone) |
E8: “(...) a gente foi monitorando pelo telefone.” [monitoramento à violência contra crianças] |
Subnotificação |
E4: “Então a gente conseguiu observar que a gente teve, com certeza, uma subnotificação em todos os sentidos.” E4: “(...) porque o que mais notifica a gente são escolas, né? Então como não está tendo aula, não está tendo creche, então a gente acaba tendo algumas coisas abafadas e subnotificadas.” |
VI. Atenção à Saúde de Crianças com Deficiência ou em Situações Específicas e de Vulnerabilidade |
Manutenção do atendimento individual |
E4. “O atendimento não parou, se manteve, as referências foram atendidas, a gente não teve nenhuma interrupção desses atendimentos na saúde. A equipe não se afastou, a equipe continuou dando os atendimentos, só que tudo com adaptações em horário, nada de grupo, atendimentos individuais, mas crianças de alto risco a gente teve o profissional para fazer o atendimento, os CAPS mantiveram o funcionamento, a equipe mínima, mas a gente manteve as portas abertas.” |
Esforços para garantia de cuidado de crianças em zonas rurais |
E3: “porque aqui é rural, você não vem sempre, porque o ônibus demora, porque é muito longe... Então o grupo aqui tem dificuldade” |
VII – Vigilância e Prevenção do Óbito Infantil, Fetal e Materno |
Manutenção na investigação |
E9: “nós separamos os kits que já tínhamos, com tudo, com o hospitalar, com o domiciliar e ambulatorial, e dividimos entre nós. E cada uma fez síntese e conclusão dos casos que nós pegamos, pra poder fechar e se tivesse algum caso complicado, que eles estivessem em dúvida, nós acolhemos as dúvidas e tal, e foi assim que nós fechamos os casos esse ano.” |