RESUMO:
O paradigma de Musicoterapia Musicocentrada vê a música como a própria terapia, na experiência musical criativa. Para alguns modelos pertencentes a esse paradigma, o processo acontece por meio da relação entre as musicalidades de três agentes: paciente, música e musicoterapeuta, sendo necessário a este último ser educado na chamada Musicalidade Clínica. Esta pesquisa objetiva compreender como os musicoterapeutas musicocentrados conceitualizam, pensam e buscam o desenvolvimento de sua Musicalidade Clínica por meio da análise de três entrevistas semiestruturadas, realizadas com experts da área, pelo método Análise Temática (Braun; Clarke 2006Braun, Virginia, and Victoria Clarke. 2006. “Using thematic analysis in psychology”. Qualitative Research in Psychology, 3(2): 77-101.). Aprofundou-se no grande tema denominado Musicalidade Clínica, contendo dois subtemas: (1) conceitos e características da Musicalidade Clínica e (2) desenvolvimento da Musicalidade Clínica (autoconhecimento, terapia pessoal e supervisão). Conclui-se que a Musicalidade Clínica é importante ao musicoterapeuta musicocentrado, em seu desenvolvimento contínuo, autoconhecimento e reconhecimento de limites, e que muito mais ainda há para ser estudado sobre esta temática.
PALAVRAS-CHAVE:
Musicalidade clínica; Musicoterapia musicocentrada; Musicalidade