Resumo:
O trabalho tem como objetivo apresentar a interdependente relação entre música e fisiologia no Nietzsche tardio. A produtividade de tal pretensão reside em investigar o estatuto da fisiologia enquanto categoria filosófica fundante da experiência da arte e, em nosso caso específico, da música. Nos deteremos na reconstrução interpretativa de alguns problemas apresentados em Nietzsche contra Wagner e, a partir de um esforço hermenêutico, apontaremos para os desdobramentos filosóficos daí resultantes, capazes de contribuir com a tese central que perpassa este ensaio: a de que música é fisiologia aplicada no Nietzsche tardio, e que tal primado se estabelece como categoria para a crítica à música de Wagner, e integra a lógica mais ampla da crítica à modernidade e metafísica tradicional.
Palavras-chave: música e fisiologia; Nietzsche e Wagner