Resumo:
Este artigo aborda os contornos da política de ação pública - “Escola a Tempo Inteiro” (ETI), compreendendo a operacionalização, passados cerca de 15 anos desta implementação, em Portugal Continental, numa interligação à possível igualdade de oportunidades a outras atividades - ensino da música (1.º ciclo Ensino Básico), assinalando o papel articulador do Estado. Metodologicamente, o artigo analisa um conjunto de documentação legislativa/especializada e estudos científicos e procuramos compreender as implicações do ensino musical no enriquecimento curricular (AEC), em articulação com a nossa experiência. Assinalamos a aplicação desta política na Região Autónoma da Madeira, por terem sido os pioneiros, no contexto português e fazemos um paralelo com a Escola a Tempo Integral brasileira, de modo a percecionar diferenças e semelhanças na educação artístico-musical. Concluímos com uma abordagem da transposição da ETI a outros ciclos de estudo questionando o tempo/ludicidade das AEC, aliados a ferramentas de poder das políticas de ação pública.
PALAVRAS-CHAVE:
Escola a Tempo Inteiro; educação artístico-musical; Atividades de Enriquecimento Curricular; lúdico